quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Christian Grey, por favor não cruza meu caminho!



Esses dias no ônibus uma mulher estava lendo “50 tons de cinza”, pra variar. Você já deve ter ouvido falar do livro e do famoso até em Marte, Christian Grey! O homem desejo, perfeito.  
É um romance erotizado, uma trilogia. Eu confesso li o primeiro, e mesmo o livro sendo no máximo ok! fui para o segundo, que abandonei antes de chegar na metade do livro. Sério não deu mesmo. 
Peguei um bode desse Christian Grey, que não consigo nem ouvir falar nesse nome.
Sei que a maioria das mulheres do mundo todo estão lendo, e gostando do livro, e amando ele. Nada, absolutamente nada contra. Se tem algo de positivo, e tem de fato muitos pontos positivos, um deles é: A mulherada está lendo.
E ler acho muito válido sempre.
Também não posso ser estúpida e ignorar a mudança de comportamento que o livro gerou entre homens e mulheres. Tem muitos casais lendo juntos e se reinventando.
Não vou entrar em detalhes porque a maioria conhece o conteúdo do livro. Bom, o cara é perfeito no último grau de perfeição que existe, ou melhor, que NÃO existe. Tá tudo bem ele tem uns probleminhas. Acho que ele ser perfeito foi o grande problema do livro, e o que particularmente me deixou sem a menor vontade de continuar lendo. Porque apesar de ser ficção, pra mim essa ficção precisa ao menos estar alinhada à realidade.
Depois de avaliar minha atitude, do porque eu não gosto desse cara, e achar até um pouco louco isso, reconheci que não gostei por uma razão bem simples: Eu gosto de homens normais! E esse cara deve ser um avatar, ou a entidade de algum Deus grego, ou um ET, ah! claro esqueci ele é um personagem.
Eu sei que ele tem um lado todo sedutor de deixar qualquer mulher em transe e hipnotizada, mas, me desculpem quem já não teve um namorado que ao menos uma vez foi "fofo"? Se o seu homem não foi "fofo" pelo menos uma vez com você, larga agora esse infeliz!
Olha eu dei sorte nessa vida, porque sempre fui muito bem tratada, tirando uma situação aqui e outra ali. Sem citar nomes, tive namorados que não eram ricos, nem o supra sumo da beleza, nem dirigiam helicópteros, nem me deram carros, nem tinham barcos, nem eram CEOs de empresas, ah! e que também não me bateram, mas, que me fizeram imensamente feliz.
Quantas vezes tive uma noite maravilhosa, gostosa, só porque eu estava com o homem que eu queria?! Inúmeras vezes. Porque tive o prazer de me arrumar pra ele, porque sabia que a mulher da noite, e da vida dele naquele momento era eu.
Quantas vezes comi cheesburguer e tomei milk shake no Joakins e voltei pra casa mais apaixonada... muitas vezes!  Quantas vezes fui ver um filme e rolou altos beijos?Incontáveis vezes! 
Meninas, vou levantar a bandeira dos homens e depois criticá-los óbvio. A bandeira que levanto é: Seu homem não é o Christian Grey, mas, ele se importa com você. Do jeitão dele, mas se importa. As vezes o cara é incapaz de fazer um elogio, mas, vai no supermercado e compra o sorvete que você mais gosta. O cara não te dá aquele vestido lindo, mas, compra a camiseta do time dele para você. Isso pro homem é dizer EU TE AMO! 
Não é de hoje que temos um diálogo com os homens e não nos entendemos quando a questão é amor. Porque temos linguagens diferentes. Para a mulher amor é beijo na boca, é carinho fora de hora, é atenção, é proteção, é surpresa e amor. Para o homem amor, é futebol, é carro, é rock, é vídeo game, é UFC, é liberdade e amor também. Ainda temos que considerar que até pouco tempo atrás, pra nós amor e sexo eram uma coisa só e pra eles amor é uma coisa e sexo é outra. Bom, nós estamos mudando nesse assunto. 
Os caras mais bacanas que conhecemos são gays. Não é?! E porque gostamos deles? Porque eles se parecem com a gente. Quem escreveu o livro? Uma mulher! Por isso ela traduziu tão bem o homem que a mulher (algumas) gosta e quer. Se o livro tivesse sido escrito por um homem duvido que esse cara seria assim tão lindo em tudo. Ah! com certeza se tivesse sido escrito por um homem essa Anastácia(moça do livro) seria a mulher perfeita!E honestamente essa moça é bem sem graça, e chatinha. 
A crítica aos homens: Vocês podem melhorar um pouquinho. Não estou falando de algo radical! Porque isso soa até falso, mas, de naturalmente perceber que dá pra ser querido, sensível, honesto, carinhoso e porque não dar uns presentinhos fora de época as vezes. Dá pra ser um pouquinho mais organizado e menos esquecido e lembrar da data do aniversário de casamento, namoro e do aniversário da sua mulher.
Ahhhhh!Vai! se esforça, dá pra fazer uma massagem as vezes, dá pra transar mais e em lugares inusitados ou impróprios.
Dá pra deixar a vida à dois melhorzinha, é só querer. É só amar a pessoa que está do seu lado.
Só pra quebrar a rotina, dá pra parar de meter o pau no seu casamento e começar a prestar a atenção nesse cara que está do seu lado. Que apesar de ter barriga, ser grosseiro em alguns momentos, é o cara que VOCÊ escolheu. Se não está bom, larga! 
Larga mesmo! Vai ser feliz! Mas, pensa bem porque na maioria das vezes não tem volta. E deixa de dar uma de louca e ficar sonhando com um cara que desculpa, agora vai doer, NÃO EXISTE nem aqui, e nem na lua.
Amigas não vamos lotar os consultórios de psicanálise por causa da síndrome Christian Grey!
Outra coisa é esse sexo todo. Ah! fala sério! Nada como uma conversa franca, intimidade, pele, pra coisa toda ser boa, muito boa.
Nada como umas mensagens no celular, uns "inbox" apimentados no Facebook, pra dar uma animada. Nem te falo mas, tem muitoooo celular e inbox por ai que são uma loucura menina!
Não estou dizendo não leiam esse livro. Não estou dizendo vamos todas queimar em praça pública esse livro que despertou coisas e fez enxergar outras. Se foi bacana para você que bom! Se foi melhor pra relação que muito bom! E se foi bom pro seu homem que muito, muito, muito bom.
Por favor não fiquem chateadas comigo, mas estou deixando esse Christian Grey todinho pra quem gosta. Eu prefiro os Alexandres, Giuseppes, Leonardos, Tiagos (todos os nomes foram escolhidos aleatoriamente. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência). Prefiro e gosto cada vez mais deles! Porque são homens normais que dentro da realidade fazem qualquer mulher feliz. Muito feliz te garanto.

* Quem tiver interesse leia o texto no Blog. Texto muito bom do marketeiro Ricardo Jordão Magalhães sobre o assunto vale a pena. Dica da minha querida Daniela Ligeiro

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Fica! Vai ter bolo!


Então é assim, o tempo passa, e todo mundo cresce, até o Blog. Hoje o Blog faz aniversário de 1 ano. Um dia especial. Vamos comemorar!!
Bom, vou contar hoje como tudo aconteceu. Desde o tempo do colégio escrever era um prazer, assim como falar também lógico.
No colégio escrevi muito, e até representei o colégio em concurso de redação. Meu professor de português o Régis me disse algumas vezes:"Você escreve bem". Ele que tinha esposa escritora, dizia:"Quero ver um livro seu por ai".
Depois que passou o tempo de colégio, só escrevi para amigos, namorados, meu filho, minha família e em ocasiões especiais.
Existe um bocado de gente que tem algo escrito por mim.
Na faculdade escrevi pouco. Fora as provas, trabalhos e tirando o último TCC (trabalho de conclusão de curso),que escrevi em parceria com uma amiga e tiramos uma excelente nota, não escrevia sobre o que eu gostava. Na faculdade falei mais, e até fui oradora de turma.
A tecnologia chegou e com ela o Facebook. No começo era avessa a essa rede social. Hoje gosto um pouco, e sou super controlada (mentira que todo viciado conta pra si, e para os outros, o famoso eu paro quando eu quiser).
No Facebook postava coisas que eu queria, mas, eram só frases soltas, ideias minhas.
Até que alguns começaram à dizer: "Pô, gosto dos seus posts", "Você escreve bem"... e assim foi.
Foi meu amigo Alexandre Castanheira, que disse:"Faz um blog!". E pensei porque não?!
Ai veio o título: "Minha vontade de falar é crônica", e a real vontade de ter um blog que falasse do dia à dia, de rotina, crônicas, mas, principalmente de mim, das minhas experiências e de como percebo o mundo ai fora.Nesse momento também tinha ao meu lado o Tiago. Na época meu namorado e profundo conhecedor de blog. Porque ele já tinha um e era um sucesso.
Claro que era uma decisão muito difícil, porque escrever é expor-se, assim como falar. Você está sujeito aos olhares e ao julgamento dos outros.
Eu sabia que era alto pra caramba pra pular. Mas, você sabe qual foi minha decisão. Pulei.
Não fiz sozinha, como está declaro lá no primeiro texto "O Rebento". Foi o Tiago que me ajudou a fazer o blog e depois foi o Otiay que deu o vestido novo. Aos três, Alexandre Castanheira, Tiago Moralles, e Marcos Otiay, muito obrigada de todo coração. Vocês fazem parte desse meu sonho que é escrever.
Ai a grande e boa surpresa foi escrever e perceber que as minhas histórias, se misturam com as de todo mundo. Que as pessoas gostam, e se identificam com o que eu escrevo.
Esse foi e é o maior presente, sentir as pessoas por perto, na minha roda, na barra do meu vestido. Gosto disso! de gente junto de mim.
Aqui já falei de um montão de coisas! De amor, desamor, fé, vida, filho, amizade, política, saudade, sexo... Abri o coração, a cabeça, a minha caixa de recordações, os olhos, a boca! Falei bastante já. Me abri como sempre faço, porque o acessório "discrição" faltou na minha fabricação.
Hoje é quinta e tem blog! virou um mantra pra mim. Eu amo quando chega quinta e eu posso escrever sobre o que eu quero, e ficar à vontade aqui.
Os dados até agora são: 63 postagens(textos e poemas), 6.092 pessoas já passaram por aqui e 1 pessoa muito, extremamente feliz: EU!!
Sério hoje eu estou emocionada. Não só por escrever, mas, porque foi corajoso da minha parte. Porque eu consegui realizar algo que eu queria há muito tempo.
O Blog está andando. Ele já deu seus passos, chorou, sorriu, desmamou e está crescendo! E é isso que eu quero que ele cresça!! Ganhe esse mundão ai fora. Tem muita, mais muita coisa pra ser dita ainda. Muitas coisas à serem vivenciadas para depois serem contadas aqui.
Hoje tô em festa! Sou sorrisos, abraços apertados e pura felicidade.
Hoje tem brigadeiro, coca cola, meus amigos, meu filho, meus gatos, minha família, meus amores.
Hoje é quinta! Tem texto e festa!
Essa semana li algo mais ou menos assim que Jô Soares disse: Que quando estamos morrendo, o filme da nossa vida passa em reprise pra gente, então, ele dizia faça com que esse filme valha a pena de ser assistido novamente.
Tenho certeza que no meu momento de ir, o Blog, vai ser uma dessas passagens que vai valer a pena de ser vista. Porque me dá prazer, porque ele me aproxima das pessoas.
Quem já leu algum texto meu, de certa forma pegou na minha mão, me abraçou, conversou comigo, olhou nos meus olhos, sentiu comigo. Ah! e isso vale a pena pra caramba.
Se eu escrevo bem?! Não sei. Sento na minha cama, pego um caderno e uma caneta BIC e escrevo. Cometo erros de português, publico o texto e depois corrijo por pura ansiedade. Só pra ver se vão gostar, ou não. Só pra sentir as pessoas.
Isso era outra coisa que me preocupava, a aceitação. Se iriam gostar ou não. Pretensão seria querer que todos gostassem. Eu não quero que todos gostem. Mas, amo saber que as pessoas estão lendo.
No meu trabalho, as vezes viajo para o interior e fico toda, toda, quando alguém me diz:"Fala blogueira". "Olha, li aquele texto e adorei!". Ainda não sou uma blogueira famosa, quem sabe um dia. Mas, gosto da pose e do título.
Bom, agora vamos apagar as luzes, cantar parabéns e eu vou apagar a velinha ...vou cortar o bolo e fazer o pedido.
Ah! o pedido!
Todo mundo sabe que a minha vida está boa, não posso me queixar, mas, na vida de uma pisciana de coração açúcarado (eu) não podem faltar 3 coisas: um amor, muitos sonhos e alguma saudade.
Mas, hoje o aniversário é do Blog e não meu então o pedido é: milhões de palavras pra escrever, mil histórias para contar e bilhões de pessoas aqui comigo.
Estou pensando grande, estou aprendendo á só desejar o melhor, do melhor do mundo.
E o primeiro pedaço do bolo vai pra VOCÊ! que lê, comenta, gosta, se identifica, que curte, que discretamente passa por aqui.
Vai pra VOCÊ com todo o meu carinho e gratidão.
Obrigada!! por você fazer parte dessa festa, desse pedacinho  tão bom da minha vida!
E pro meu Blog tudoooooo!! Eeeee!!!!

* Letícia sem a sua ajuda esse texto não estaria aqui hoje! Obrigada sempre pelos seus préstimos de programadora e amiga
quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Miss Simpatia


Como em qualquer excursão os monitores promoveram brincadeiras, entretenimento entre todos.
Quase no fim da viagem, a maioria já tinha intimidade e se conhecia profundamente apesar de só nos conhecermos à pouco mais de 10 dias. Essas coisas típicas de excursão e reality show. Todo mundo se amando e todo mundo se odiando ao mesmo tempo. Me impressiona a capacidade de amar e esquecer do ser humano.
Uma das últimas brincadeiras dos monitores foi promover um concurso de Miss e Mister. Haviam muitas categorias. Quem era o mais chato, bonito, legal, inteligente, gentil, bravo, feio, etc, etc e simpático.
Todos prepararam as faixas, e as  demais decorações do concurso. E a maioria estava ansioso para saber o que o grupo acha de cada um. Apesar de ter o nome de "concurso", era uma pouco de bulling enrustido, mas, todo mundo levou na esportiva. Acho.
Na noite da premiação, do Oscar da excursão, todos tinham que se vestir lindamente, e valeu produções luxuosas.
Na cerimônia de abertura adivinha quem fez o texto falando da viagem??? Quem? Quem?? Isso pode chutar, eu mesma. Você acertou!!!! Logo em seguida começamos a entrega das faixas.
E adivinha quem ganhou por votação expressiva, ou melhor, votação unanime a faixa de Miss Simpatia???? Quem? Quem? Isso pode chutar de novo, eu mesma. Você acertou novamente!!!
Não preciso dizer que fiquei maravilhada de tanta felicidade! Mesmo sabendo que poderia ganhar em outras categorias, como a Miss Engraçada, a Miss Distraída, ser a Miss Simpatia me deixou envaidecida e emocionada. Temos, ou eu tenho essa mania de querer todos me amando. Um tiquinho de carência excessiva digamos.
Até hoje carrego essa faixa invisível comigo. Ela tá aqui no meu peito, nos meus poros, no meu jeito de ser.
Não acho ruim. Mas, isso assusta alguns. E deixa outros desconcertados com tanta simpatia. Pois é. Hoje mudar está totalmente fora de questão. Mesmo porque não mudamos código genético. Ser simpático, ser reservado, ser desse ou daquele jeito deve estar escrito no nosso código genético, na nossa linha do tempo e nas estrelas.
Penso que ganho e perco sendo simpática com todos. Faz parte. Já me enfiei em cada enrascada que pelo amor de Deus, só rezando! Mas, já me dei muito bem também.
Fiz amigos do nada e que carrego comigo até hoje. Boas estórias, coisas engraçadas, que tenho na memória e no coração. Corações, olhares e gentilezas conquistei.
Já que mudar não está em pauta, talvez, ser um pouco menos extrovertida, menos assim "dada", poderia me evitar alguns problemas e situações indesejáveis. É poderia.
Mas, como eu amo ter problemas dessa ordem, aposto que vou ponderar bem pouco em não ser simpática.
Paciência. Todo mundo tem seu "código genético", para carregar nessa vida.
Talvez na próxima encarnação eu prefira a Festa de 15 anos com toda pompa e circunstância e não ganhe a faixa Miss Simpatia.
Até lá vou esbanjar sorrisos, risadas, abraços, carinhos, vou fazer milhões de amigos, vou ter muitas estórias, e textos pra escrever, vou sim continuar colhendo frutos de ser simpática e alguns tormentos porque não.
Nesse mundão que Deus nos deu pra tomar conta, tô mais é querendo desfilar com a minha faixa invisível de Miss Simpatia, acenando por ai, de gente antipática o mundo já tá cheio né.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Profissão: Insatisfeitos




Toda vez que observo meus gatos penso que a natureza é muito generosa com os animais.  Porque na maioria das vezes eles simplesmente só fazem o que querem, ou o que combina com sua natureza.
E tem coisa melhor? Fazer só aquilo que se quer?
Faço meu protesto e digo deveria ser assim com a gente também.
Tenho 2 gatos. O Mucho e a Cléo. Ambos levam uma vida felina de dar inveja à qualquer Garfield. Dormem, comem, brincam, as vezes tomam uma bronca, mas, bastam fazer aquela carinha de dengo que resolvem tudo em segundos. Tá tudo certo.
Tenho escutado com bastante frequência a palavra insatisfação atrelada ao trabalho. Melhor dizendo à opção profissional.
Estamos todos muito cansados das nossas profissões.
Conversando com uma amiga disse da minha antiga vontade de ser advogada. Ela me disse: “Ainda bem que você não escolheu essa carreira”.
Outra ora, outro amigo disse: “Não sei se quero fazer o que faço o resto da minha vida”. Amigas bancárias já exaustas de pressão e cobranças, estão abrindo salão de beleza.
Pois é, também ando me questionando sobre o assunto.
No balanço, na contabilidade do mês, ganhamos dinheiro, pagamos as contas, estamos empregados, porém, estamos ou somos um bando de frustrados, insatisfeitos profissionalmente.
A razão?! Muitas. Cada um tem as suas próprias razões escondidas, e bem escondidas em algum lugar.
Associo à isso a precoce escolha que temos que fazer do caminho à seguir pela vida inteira ou boa parte dela.
Aos 18 anos escolher uma profissão é muito injusto. Porque ainda estamos muito “crus” para fazer qualquer escolha.
Seria mais honesto se pudéssemos viver um pouco a liberdade, experimentar erros e acertos para então definir ser isso ou aquilo.
Graças à Deus, ao menos hoje não somos reféns dos sonhos enterrados dos nossos pais.
Já foi o tempo que tínhamos médicos, advogados, engenheiros, porque os pais queriam. Herança pesada essa.
Ainda bem não nascemos chineses.  Porque na China há pouco tempo atrás existia a obrigação por lei e não só costume de seguir a profissão do pai. Ou seja, nascia em família de sapateiro, sapateiro seria e fim de papo.
Parece que quanto mais trabalhamos com o que não queremos,  não gostamos, mais nos sentimos presos nessa areia movediça.
Temos obrigações. Fato. Não podemos chutar o pau da barraca e do dia pra noite viver de artesanato, ou outra coisa, sei lá.
Ou podemos? Quantas pessoas você conhece que decidiram largar a carreira já sólida e foi viver outra estória?
Eu só conheço uma. A Alessandra Azanha. Uma amiga que era enfermeira competente, e deixou a carreira para ser produtora de shows, eventos. Resultado da troca: é bem sucedida e mais feliz. Fazer o que amamos dá lucro! Pelo menos emocional penso eu.
É muito triste você olhar pra si, e à sua volta e notar todo mundo engolido pelo dia à dia totalmente ou parcialmente apático. E que se permite de vez enquanto abrir a gaveta do sonho, do projeto, e sorrir por 5 minutos imaginando a outra vida que poderia ter.
Eu gosto do que faço.  Sou comprometida com o meu trabalho. Mas, como digo gostar é uma coisa, amar pra casar é outra totalmente diferente.
Sendo assim, acho que casaria com outra profissão. Algo voltado para as pessoas, que tivesse que falar, escrever, talvez jornalismo(sem cuspir no prato que está me alimentando).
Admiro quem não se acha velho nunca pra dar o basta e começar tudo de novo.
Ainda ontem falando com outra pessoa sobre estar cansada, ele aderiu ao cansaço e citou: “Mais valia” e perguntei o que era isso? Ele disse: “o termo famosamente empregado por Karl Marx, à diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista”. Entendeu?!
No popular hoje estamos pagando muito caro para sermos e termos um lugar ao sol.
Essa questão me aflige quando penso no meu filho. Torço para que ele tenha sorte ao escolher um caminho. E hoje com todas as mudanças, ele tem muito mais à ponderar.
Quem não ouviu o avô dizer profissão "tal" será a profissão do futuro. Quem imaginou que lixo daria dinheiro? Que artesanato de folha de bananeira poderia ser sucesso? Que cozinhar bem seria uma profissão de “status”?
Bom o futuro chegou, e também está por vir.
À nós cabe-nos continuar. Abandonar o barco e seguir nadando pode ser uma alternativa. Mas, precisa de folego, preparo físico, emocional, e muitas vezes do tão desejado patrocínio.
Eu quero daqui um tempo conhecer médicos que viraram economistas. Economistas que viraram advogados. Advogados que viraram publicitários. Publicitários que viraram enfermeiros. Enfermeiros que viraram músicos. Músicos que viraram atletas. Atletas que viraram Administradores de empresa.
E quem sabe uma Administradora de empresa que virou funcionária pública, que virou  uma escritora muita famosa, e que todos por fim viraram pessoas felizes para sempre nas suas profissões.
Ontem após escrever o texto, entrei no facebook  e por causa de um comentário que fiz acabei conhecendo o Giuliano Fava. Um moço muito bacana, que me disse que estuda Gastronomia! Especificamente confeitaria.  Eu que me auto descrevo uma moça de coração açucarado e de desejos melados adorei! Fiquei feliz pra caramba de saber que um garoto de 19 anos está feliz, empolgado e apaixonado pela sua escolha profissional.  Ironia eu ter escrito esse texto minutos antes. Talvez não. Talvez seja a vida mais uma vez me surpreendendo, mostrando que sempre existe o outro lado. Giuliano, à você só desejo um doce caminho. E que de hoje até o fim dos seus dias você seja plenamente realizado profissionalmente. Foi uma doce e feliz surpresa te conhecer.
terça-feira, 6 de novembro de 2012

Receita minha pra ser feliz!


Coma brigadeiro
Tome vinho sempre
Ande de patins
Escute música voltando pra casa
Vá à jantares com amigas 
Tome sol como lagartixa
De risada das suas bobagens
Conte seus contos
Vá ao cinema com boa companhia
Assista um show e cante com o coração
Tenha facebook
Ah! e blog também
Tenha amigos homens
Escute-os!
Faça terapia por pelo menos 3 meses
Vá à praia quando estiver vazia
Durma de domingo à tarde
Converse com seu filho sobre tudo
Tome Coca Cola normal
Vá à livraria para paquerar com os livros e com os moços de óculos
Deixe de ser boba!e vá sambar!
Corra 5 km na esteira 
Converse com seu anjo da guarda e sozinha sempre
Escreva, leia, reflita, e mande tudo pra lua por um bom motivo
Perca a cabeça, mas, nunca o cartão de crédito
Cuide-se
Ame-se
Comece a fazer tênis com seu filho
Não se reprima, já dizia Menudo
Tenha gatos, pelinhos amados
Ganhe tempo com qualidade e não perca tempo com quantidade
Vá jantar na casa da sua mãe
Cozinhe para seu pai
Desabafe com a sua empregada
Respeite seu filho
Reencontre pessoas queridas
Chore, chore, chore e por fim sorria
Seja uma pessoa cheia de temperos, sem sal nunca! 
Deixe ir quem quer ir
Não faça tipo, seja um tipo incomum de pessoa
Seja amiga do seu ex marido e da nova esposa dele
Ame de coração aberto
Brinque com as crianças, seja uma delas
Tenha 2 tatuagens
Seja uma loira inteligente
Fique amiga de todos que cruzarem o seu caminho
Note as pessoas à sua volta
Deixe-se notar
Goste muito das suas qualidades  
Ame descontroladamente seus defeitos (só você é capaz disso)
Pegue roupa emprestada da sua irmã, mas, vista-se do seu jeito e pra você
Exponha seus sentimentos, mostre-se neles
Tire fotos com filtro e sem filtro
Seja só e somente só, suas vontades, escolhas, atitudes e consequências!
Seja você Marcela, e será sempre feliz de qualquer jeito e do seu jeito
Qual seu jeito de ser feliz? me conta





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Família futebol club



Ando pensando nessa questão familiar. Fico intrigada com essa coisa de pessoas tão diferentes fazerem parte da mesma família, do mesmo balaio de gatos.
Comemos o mesmo arroz com feijão, temos o mesmo tratamento, os mesmos mimos, na maioria das vezes dormimos de baixo do mesmo teto, pegamos catapora juntos, mas, somos completamente diferentes.
Não deveria achar isso estranho, afinal, somos uno, únicos, um. Personalidades singulares e exclusivas.
Mas, uno também significa unir. E quando falamos de família, unir apesar de todas as diferenças faz todo sentido.
Porque com as diferenças, cada um tem seu papel, sua posição dentro da família.
Não sei se fossemos inteiros iguais se a convivência, os conflitos, seriam menores, ou pelo menos evitados.
Disse a jornalista e escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso na mesa “Em família” na FLIP desse ano que toda família é um poço de problemas. Ela é vidente também?! Porque acertou em cheio.
Desconsiderando a brincadeira, ela realmente está certa. A família é sem dúvida um poço muito fundo de problemas, questões pessoais, questões financeiras e claro questões emocionais dentro de uma panela de pressão à todo vapor.
Mas, que sentam-se juntos no domingo para comer a macarronada da Mama. Vai entender tanta insanidade.
Os problemas não são compatíveis com o número de pessoas pertencentes à família. Tem ora que três problemáticos crônicos, pesam mais que dez semi normais.
Mas, por que a família mesmo com tudo isso ainda hoje é o porto seguro? O amparo na ora de aflição? A boia de salvação? A alegria no Natal?
Justamente porque como disse o jornalista e escritor Zuenir Ventura: “A família é como samba: agoniza mas não morre”. E porque não morre? Por causa do amor que corre nas veias, é o sangue!
E quase ninguém consegue ser imune a esse sangue de família. Basta alguém mexer com nosso irmão, pai, mãe, que a gente vira bicho. Esquecemos todas as diferenças e vestimos a camisa “Família futebol club” e vamos para o ataque. Nessa questão somos todos da família Corleone uma máfia só!
Quando permanecemos juntos, apesar de toda gritaria, de todos os ânimos exaltados, parece melhor e mais fácil.
Temos a nossa família e a família do parceiro, aquele que escolhemos para juntos formar outra família.
Jesus! realmente é muita família pra administrar, e muita água pra botar no feijão.
Depois que escolhemos alguém pode não dar certo, ai rompe-se uma família e quase sempre outras se constroem.
É o meu caso. O caso do meu filho. Ele tem a minha família, a família do pai, e da esposa do pai, para aceitar, conviver e gostar.
Por incrível que pareça e confesso nos consideramos todos abençoados por um milagre divino nos damos todos muito bem.
Somos civilizados, sinceros, e amigos. O meu filho ganha muito com isso. É um garoto tranquilo, equilibrado, se sente profundamente amado e num ambiente seguro.
Essa é outra questão, ás vezes a vida te coloca pra jogar em outro time, mas, quando você tem filho o jogo não acaba nunca. Ao contrário os filhos são a nossa melhor e mais importante partida.
É por esse jogo que a gente continua mesmo machucados e com algumas cicatrizes. E por eles a gente sempre joga como se fosse um clássico, um São Paulo X Corinthians no Morumbi  lotado com toda garra, disposição e sem amarelar.
Quantas vezes nos perguntamos jura que esse fardo é meu? Sugiro também se perguntar se somos um fardo para eles. Que não nos ouçam mas, somos intratáveis alguns dias da semana. Normal quem não é.
Quantas vezes ao longo da vida e dessa desgastante convivência não queremos sumir, abdicar dessa família e morar numa ilha sozinhos?
Mas, basta sua mãe não te ligar, basta sua irmã esquecer de te chamar pra ir naquela festa, basta te darem um gelo, que pronto! a gente se sente abandonado, órfão e infeliz.
Eu concordo família é um grande, imenso e insolúvel problema. Um problema que no fundo amamos ter.
Eu compactuo da filosofia espírita que diz que escolhemos pai, mãe, irmãos. Essa gente chata, mala, e maluca que tanto amamos foi escolhida por nós para nessa vida caminharmos juntos.
Então, se não foi atoa, se existe uma razão maior, que assim seja! Que sejamos família, sangue do mesmo sangue, e unidos. Mesmo que isso seja um exercício de paciência, tolerância, respeito e amor.
Como se diz em qualquer estádio por ai em time que está ganhando não se mexe, e vou te dizer na minha opinião a família é um time que ganha mais que perde.
Sendo assim, coloca a caneleira, levanta o meião, vai pro aquecimento, entra nesse jogo com toda disposição do mundo e dá o sangue, porque essa é a melhor equipe que você vai ter na vida pra jogar junto contigo.

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