quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O casamento de hoje


Faz uns dias fui no Chá de lingieri da Aline, uma amiga que vai se casar. Na verdade vai oficializar a união, porque, já mora junto com o namorado. Chá de lingieri é um encontro proporcionado para a noiva, onde as convidadas a presenteiam com lingieries.
Mas, não se trata de um chá comportado desses entre senhoras da sociedade, que falam de filantropia, caridade, religião, netos, e tem bingo. Mas, um chá com bebidas alcoólicas, brincadeiras atrevidas, algum mico, muitas risadas e diversão feminina. Portanto, recinto proibido aos homens.
Logo na chegada tivemos que escolher nomes de pessoas que gostaríamos de ser. Podia ser qualquer pessoa que você quisesse, menos você.  Não vi ninguém querendo ser alguém que já conhecia ou do seu conviveu, tipo mãe, irmã, vó, prima, amiga. Achei bom, imagina alguém querendo ser eu?! Poderia soar meio psicopata! Todas escolhemos ser celebridades. E é incrível como ser uma outra pessoa de “mentirinha” te dá um certo conforto, um aval, para se comportar de outra forma. Qualquer coisa é só colocar a culpa na outra personalidade.
No nosso grupo, o mais animado sempre, tínhamos a Miriam Leitão,  Sabrina Sato, Beyoncé e Fernanda Lima. Um grupo eclético.  Eu queria ser a Hebe. Mas, como alguém já tinha escolhido a Hebe, fui a Fernanda Lima mesmo. Afinal, ser cover da cover da Hebe não dá.
Nunca havia ido á um Chá de lingierie porque é modismo novo. Mas, esse foi bem tranquilo. Dizem as más línguas que alguns chás são bem quentes, pelando de queimar a língua.
Esse foi algumas brincadeiras, a noiva abriu os presentes, quase todas as participantes eufóricas, alegres, e apenas isso. Comportamento exemplar de todas. Acho que para algumas foi uma pena. Acho que tinham algumas mulheres esperando um “Se beber não case” (Filme) ops! Mas, aí já seria uma despedida de solteira Hollyudiana e plágio.
Foi gostoso. A noiva estava feliz e todo mudo se divertiu.
Enquanto a Aline abria os presentes pensava,  o casamento está muito mudado.
Antes as pessoas casavam sem nada. Só tinham amor, a vontade de casar e planos! (e isso é muito). Mal tinham casa,  os noivos moravam de aluguel, compravam as coisas em prestações e aos poucos, tinha uma comemoração modesta com um bolo, refrigerante, salgadinhos, docinhos tipo cajuzinho, um único champagne para o brinde dos noivos.  Eram convidados os mais, mais, chegados do casal, tanto família, como amigos. E quando dava, tinha lua de mel na praia ou no campo. Praia Grande, Santos, Atibaia, Campos do Jordão e Rio de Janeiro, quando o casal tinha um pouco mais de condição.
Mas, era coisa simples, era amor até que a morte os separassem! nada de luxo, de banda de músicos, de 300 ou mais convidados, de retrospectiva no telão,  de lua de mel no estrangeiro, de casa comprada e mobiliada com decorador. Porém, as pessoas ficavam casadas a vida toda, dividiam as tristezas e os sabores da vida.
Hoje está tudo muito luxuoso! É uma noite especial, mágica, e os noivos não poupam esforços para fazer diferente e ao mesmo tempo igual nessa noite. 
É verdade, pare para observar nas músicas de casamento, nas comidas de casamento, no bem casado de casamento.... as vezes os noivos passam um ano organizando os preparativos pra ser tudo igual! Mas, os convidados também  esperam isso, nós gostamos dessa repetição.
Hoje a infra estrutura por trás de um casamento é gigante!! Parece um super evento e que  muitas vezes dura pouco. Não a festa dura pouco mas, os casamentos não durão muito. As vezes nem até o álbum e o DVD, ficarem prontos.
O casal quer fazer diferente na noite do casamento, mas, muitas vezes incorrem nos erros comuns do dia á dia e aí vai tudo por água baixo.
Eu adoro festa de casamento, o clima, as pessoas celebrando a felicidade do casal,  mas, me preocupo com o “dar  certo”, com o “e viveram felizes para sempre” depois da festança.
Quase sempre na benção desejo de coração que dure, ou que seja feliz enquanto durar.
Para alguns é um ritual de escolha importante. Para outros só exibição sem necessidade, formalidade para família e sociedade.
Cada um tem seu ponto de vista. E hoje o bom é que cada um faz do seu jeito.
Seja o que for o casamento mudou. Tornou-se a instituição mais democrática que existe. Porque hoje ninguém precisa ficar com ninguém por convenção, obrigação, dinheiro ou dó.
Hoje existem mais separações e se por um lado isso é ruim, por outro lado é maravilhoso poder dar adeus ao que não faz feliz e começar de novo.
Dizem que o segundo casamento é que dá certo. Sem gorar o primeiro casamento de ninguém, faz sentido. O segundo casamento é mais pé no chão, menos erros, e muitas vezes mais amor.
No segundo casamento as pessoas estão mais maduras. Os ajustes não são mais fáceis, mas, nós damos um jeito de ser mais fácil porque queremos repetir o filme mas não o mesmo final.
Ah! casar ou juntar? Essa é outra questão do segundo casamento. No primeiro a gente casa no papel, na igreja. No segundo muitas vezes a gente se junta. Porque a vontade é de estar junto mesmo.
Geralmente juntamos os restos de uma casa com os restos da outra casa e assim se faz com os amigos e os filhos do primeiro casamento, quando se tem.
Junta tudo! Vira uma salada mista gigante de sentimentos e convivências para administrar.
E não é bom? Eu acho bom! ainda que dê alguma dor de cabeça é bom. Bom pra caramba, juntar, misturar tudo, casar e ser feliz! Mais feliz!
A recita do bolo da felicidade á dois não sabemos.  E nunca saberemos! Esse é um dos maiores segredos da vida. Esse é um dos sabores mais doces da vida.
Mas, a verdade é uma só ... da fatia desse bolo da felicidade todo mundo quer mais um pedacinho ou pra ser honesta o bolo todo.
Vamos então se lambuzar dessa felicidade á dois! Vamos casar uma, duas, quantas vezes quisermos, vamos se juntar milhões de vezes até a conta bater.

Dos noivos Aline e Luiz Felipe eu só espero uma festa linda, regada de boa energia, amor, com fartura de felicidade como vocês tanto desejaram. Á vocês eu desejo que o bolo da felicidade não acabe. Que vocês sempre tenham um pedacinho extra guardado no coração. 

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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.