quinta-feira, 7 de maio de 2015

Estou amando uma menina


Ufa! O ano começou. Notícia atrasada essa, afinal, o ano já começou há 4 meses.Vida de mãe é assim, tanta correria, tanta rotina, tanto por fazer que a gente não vê o tempo passar. Ou melhor, a gente só vê o tempo passar, voando, correndo, acelerado e parece que estamos sempre atrasadas, com uma lista imensa de coisas pra fazer.
Esse é o primeiro texto do ano, e não que eu não tivesse tido vontade e assunto para escrever antes, mas, fiquei totalmente imersa na chegada da Luana, minha filha.
No começo do ano os dias foram dedicados aos últimos preparativos para seu nascimento. Depois tive que diminuir o ritmo pois, estava exausta e ansiosa. Enfim, ela chegou! Com data, local e hora marcada. Segunda-feira, dia 09/02/2015 ás 18:16hs. na maternidade Pró Matre de cesariana nasceu minha Luana.
Foi uma festa! Uma linda, emocionante e feliz festa. Foram muitas visitas, presentes, carinho. Ela foi muito esperada por todos.
O Ufa! aqui de cima, também é de alívio por tudo ter sido tranquilo e ter acabado bem como esperávamos.
Cabeça de mulher não pára de pensar um segundo, imagina de mulher grávida! São 7.312 pensamentos compulsivos agitados por dia (número fictício apenas para ilustrar o fato, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência ou não). Se você já achou meio paranoico esse número imagina todas as minhocas, grilos e pulgas associados a ele. Sim, a gente pira!
Damos graças à Deus quando o bebê nasce bem, saudável e todos podemos ir para casa depois de 3 dias.
Bom, o ano começou, logo em seguida ela nasceu e a vida mudou. A vida mudou e ponto final é só modo de dizer, isso não significa que as coisas acabaram. Ao contrário ai que tudo começou. 
Mãe e bebê precisam de rotina. Precisa ter horários, organização.Um bebê se desenvolve melhor quando logo nos primeiros dias se estabelece uma rotina. Isso o deixa seguro e calmo. No começo qualquer mudança é um pequeno stress, o ideal é que tudo seja igual para que ele se acostume a nova vida e entenda limites.
É cansativo. Muito eu diria. Dorme-se pouco e no geral somos solicitadas 24hs. sem intervalo de segurança.
O bebê até pode ser cuidado por outras pessoas que querem ajudar, mas, o bebê quer a mãe. É a mãe que alimenta, acalma, que exala um cheiro que da segurança, que decifra o choro. É a voz conhecida, e o calor que protege.
Então, por um bom tempo somos mais mãe do que mulher. E isso é diferente.
Não é raro ver mães mais preocupadas em arrumar, alimentar, fazer dormir seus filhos do que si mesmas.
É uma fase que temos super poderes. É tanta força, é tanta disposição mesmo com sono horas atrasado e muito cansadas pela demanda exigida.
Comigo não é diferente. Não foi há 16 anos atrás com o Arthur e não está sendo agora com a Luana.
Mas, não posso reclamar, ela é um bebê calmo. Come bem, dorme bem, consigo descansar e repor as energias. Mas, não me faltam espelhos pra mostrar o quanto estou cansada. Bebê é igual sol, tem efeito cumulativo. Um cansa o outro envelhece.
Demora um tempo considerável para o filho ser menos dependente e deixar de nos solicitar tanto. Talvez uns 30 anos ou a vida inteira em alguns casos. 
Brincadeira à parte é cada vez mais precoce a iniciativa de estimular nossos filhos a serem grandes por eles mesmos.
Tudo a seu tempo, mas, isso é bom e saudável. A longo prazo, na fase adulta, isso tem consequências positivas.
Eu não quero filhos adultos dependentes de mim para resolver seus problemas. Sou apoio, sou ajuda, mas, eles é que tem que achar a solução.
Esse vai ser o primeiro dia das mães como mãe da Luana, e posso dizer tem sido grandiosa essa experiência de ser a mãe dela.
Ela nem faz ideia, mas, já faço planos, já tenho mil preocupações, já sonho com os primeiros passos e palavras, já quero trocar segredos, já não quero que ela tenha cólica, já fico ansiosa por vê-la mulher feita. E bem feita.
Eu estou feliz e isso tem a ver com a Luana. Tem a ver com essa função mãe, tem a ver com esse universo todo especial, todo inteiro de amor, todo rodeado de entrega.
Esse ano algumas amigas também serão mães. Umas esperavam muito por isso, outras foi no susto.De qualquer forma vai ser maravilhoso para todas e todas serão outras mulheres depois disso.
Foi como eu disse dia desses...nenhuma mudança de vida é tão legítima quanto ter um filho. Tudo muda. O olhar, o dormir, o cuidar, o dar, o ser, o fazer, o sentir. E tudo isso muda por causa do amar.
E se a vida muda por causa do amar, mudamos também.
Onde tem muito amor, mudamos para melhor, onde tem pouco amor mudamos para pior.É incrível a capacidade de transformação desse sentimento.
Todas as noites quando coloco a Luana para dormir, penso como Deus foi generoso em permitir essa troca, essa relação de afeto.
E virou um hábito pedir à Deus que dê um bebê a toda mulher que quer ser mãe. É uma obrigação dele atender esse desejo. É muito cruel nesse caso querer e não poder.
Esse é meu pedido de dia das mães, que o mundo tenha mais mães.
Que o mundo tenha mais mulheres geradoras de carinho, de cuidados, de coragem e proteção.
Que muitas mulheres e porque não todas que desejam sejam mães. Mães biológicas, mães adotivas, que todas tenham seus filhos amados. Seja de parto normal, natural, cesariana ou por escolha e opção. Seja para dar o peito, ou a mamadeira.
Seja para ter um pai, ou ser mãe solteira. Seja com hora marcada ou a qualquer momento depois que a bolsa estourar.
Seja para sentir dor e depois amor.
Mães! O mundo precisa mais desse ser com caraterísticas tão particulares.
O dia a dia precisa dessa mão de mãe que dá jeito em tudo, mas, do jeito certo e não do jeito Gerson.
Nós somos diferentes. Nem melhores e nem piores, somos mães.Um tipo de gente que dispensa carta de referência. 
Por que? Porque somos excelência em gerar vida por amor, e isso é quase ser Deus.




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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.