quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O bem que o bem nos faz


Semana passada fui jantar com meu marido num restaurante, e como restaurante era pequeno as mesas eram bem próximas. Assim foi quase impossível não ouvir a conversa da mesa ao lado.
Sentados na mesa ao lado mãe e filho jantavam e conversaram sobre vários assuntos. Entre os assuntos o filho, um moço jovem, disse para mãe que estava preocupado com a namorada que andava triste.
Disse que os pais da moça estavam desempregados vivendo apenas da aposentadoria, e que apesar dos dois irmãos dela estar trabalhando, a situação estava bem apertada. Ela se sentia um peso para a família, e queria muito arrumar um estágio, mas, no interior as oportunidades estavam cada vez mais difíceis.
Ele ressaltou muitas qualidades da moça, disse que queria ajudá-la pois, era uma pessoa boa, do bem, tinha valores, era esforçada, inteligente e merecia ter uma oportunidade de crescimento.
Disse: "Sabe mãe ela não é uma patricinha que ganha um carro zero e se acha, ela tem o pé no chão, é centrada". 
A mãe escutou e concordou com tudo. Disse que também queria ajudar a moça porque via muitas boas qualidades nela. 
A mãe sugeriu: "Fala pra ela vir para São Paulo, ela pode morar junto comigo sem nenhum custo, tenho dois quartos desocupados, o apartamento é grande, eu não vou poder dar muita atenção porque eu saio cedo e volto tarde, mas, aqui ela pode ter mais chances de arrumar alguma coisa".
Ele disse: "Obrigada mãe, ela disse que você fez essa proposta pra ela a última vez que vocês se viram e ela ficou de pensar á respeito, de qualquer forma agradeço seu empenho em ajudar".
Ele ainda disse que sabia que ainda eram novos, e que era um namoro de 2 anos, mas, que independente de qualquer coisa desde o começo e pela postura dela, soube que a moça era uma boa parceira para se ter na vida. Que não sabia se iriam casar, ter filhos e construir uma família algum dia, mas, que definitivamente queria o melhor pra ela porque ela merecia ter o melhor.
Juro, quase chorei. Fiquei emocionada com a atuitude dos dois. É tão raro gente falando bem das pessoas, querendo ajudar de graça pelo simples prazer de ver o outro bem. No caso do moço é tão nobre da parte dele olhar para namorada e ver mais que uma moça bonita, bem arrumada, descolada, ou gostosa mas, olhar mesmo e ver o que ela é, uma moça que vale a pena pelos seus princípios.
Eles ficaram ali conversando e continuaram a falar bem das pessoas e de tudo. Eram duas pessoas com uma energia gostosa, tranquila.
Fiquei ali observando como é bom estar perto de gente leve, gente do bem.
Pensei como é bom ajudar dessa maneira desinteressada,como é bom fazer o que está ao seu alcance apenas porque isso pode fazer uma imensa diferença na vida de alguém.
E aqui nem me refiro a ajudar com dinheiro que atualmente é o que menos se tem para ajudar, mas, falo de uma boa conversa, uma visão diferente sobre um assunto, o famoso networking que sempre abre portas, falo do dar de si em atitude.
E são em todas as áreas. Na profissional, emocional, familiar. E porque não ajudar alguém a ter mais saúde, mais auto estima e ajudar a pessoa a emagrecer?!Fazer exercícios?!
Existem mil maneiras de ajudar. Mas, ultimamente estamos encontrando  mil e um motivos pra ficar na nossa. O mundo anda tão competitivo que parece que se a gente ajudar estamos nos desajudando.
A nossa "mala" anda pesada demais pra carregar a mala do outro.
Mas, não é assim. Se não existir essa compaixão muita coisa não acontece, muita gente não consegue sair do buraco. 
Eu tenho sentido uma vontade de ajudar, de prestar um serviço voluntário, de dar um pouco do meu tempo a uma causa. E não é de hoje.
Parece que estou em débito com isso, olho a minha volta e tenho tanto á agradecer, fico pensando queria ajudar, e ajudar é uma forma de agradecer a vida por tudo.
Toda energia é contagiosa. A boa e a ruim. Nesse jantar me senti contaminada pelo bem dessas duas pessoas, me senti bem só de saber das boas intenções deles com a moça.
E o contrário também é real e mais, muito mais nocivo. Quando estamos perto de gente pesada, que só vê o mal, o pior em tudo, isso acaba nos atingindo.
Já reparou que existem vários tipos de pessoas "revistas"? Explico. Existe pessoa fútil, fofoqueira e superficial. Existe pessoa negativa, trágica, pra baixo, sensacionalista, terrorista. Existe pessoa legal, pra cima, divertida.
Existe todo tipo de pessoa "revista". Cada um lê e se aproxima daquilo que de alguma forma tem a ver consigo é natural.
Mas, estar perto do bem, das coisas boas nos fazem melhor. Ficar atento com tudo a sua volta e reparar em quem está ao seu redor ajuda a saúde física e psíquica.
Que tipo de gente estamos nos tornando? Negativas? Positivas? Quem ajuda? Quem faz o bem? Estamos nos tornando saudáveis ou doentes?
Na brincadeira da vida mal me quer, bem me quer, sempre disse o bem me quer e eu quero o bem pra mim e para todos.
Fazer o bem nos faz bem. Bem amados, bem felizes, bem com a vida, bem com todos, bem com a gente.  

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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.