quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O corpo não fala, ele GRITA!



Minha amiga me ligou um dia desses. Disse que havia conhecido um cara incrível, lindo, bem sucedido, inteligente, Francês. Estava apaixonada. (Nenhuma novidade ela se apaixona por todos).
Eu disse: mas, como vocês estão fazendo pra se conhecer? você não fala inglês e nem francês.
Ela disse: ele fala um pouco de português, e isso não importa os nossos corpos falam.
Pensei, bonito isso! “os nossos corpos falam”. E falavam mesmo. A única vez que os vi juntos eles só se beijavam.
Depois de algum tempo ela liga novamente. Diz que estava arrasada, que o caso com o Francês tinha acabado. Que haviam quebrado o maior pau. Isso eu queria ter visto. Uma briga onde cada um falou e entendeu o que quis. Pensando bem todas as brigas são assim.
Eu disse: como vocês conseguiram quebrar o maior pau sem falar um a língua do outro? Porque pra quebrar o pau tem que ter argumento ou pelo menos saber alguns palavrões no caso da baixaria tomar conta.
Ela disse: a gente sabe quando um homem é safado.
Eu disse: é o corpo fala! (risadas!) Deixa isso pra lá, joga no Curriculum como “experiências e viagens internacionais”.
Experiência dele, Viagem dela.  Eu sempre digo um pouco de realidade é saudável em qualquer situação.
Ela ficou brava disse que eu não estava sendo compreensiva.
Opa, opa... eu não estava sendo compreensiva?! Eu compreendo que o corpo fala, que a vontade de se divertir é grande, que o moço era um playground completo, mas, que esse fubá não ia fazer um croissant ah! todo mundo sabia.
Tudo ficou bem entre nós. Ela superou, se apaixonou novamente, se matriculou no inglês e decidiu que se tiver que sair com homem safado que seja brasileiro, pelo menos até falar inglês fluente.
Sábia decisão, nesse caso não foi o corpo que falou, mas, o bom senso que gritou mesmo.
Moral da história pra mim: não é um casinho com um Francês que acaba com uma boa amizade Brasileira. Ah! não é mesmo.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Yoga


Quando me separei, eu só queria esquecer toda dor e ter paz pra recomeçar.
Yoga foi um caminho. Eu ia as aulas, meditava (tentava) e fingia que saia de lá melhor.
Honestamente cada relaxamento era uma tortura. Toda paz, aquela calma, e eu só pensava em vingança.
Lógico que vingança é um sentimento pouco nobre, contudo, é honesto e cristão confessar.
Quando você se separa, existem dois caminhos pra você. Se mostar, se esconder. Tem um terceiro também. Mostrar pro "ex" que vc tá linda, gostosa, poderosa, magra, e infinitamente melhor sem ele. 
Deslculpe a franqueza, mas, somos descendentes de primatas e não filhas de Gandhi, agimos por reação.
Queremos que o "ex" sofra. Muito. E que ele arrume uma baranga. E depois se arrependa, ainda que a gente não o queira mais. Bobagem.
Graças á Deus, terapia e principalmente um novo amor tudo passa.
Voltando ao yoga.. todas as aulas eram diferentes. Numa das aulas o relaxamento foi feito com 3 pessoas. (???)
Explico: eu ficava deitada no meu tapete esotérico de olhos fechados e esvaziava a minha mente de tudo (até parece que isso aconteceu)...e duas pessoas(dois moços bem interessantes no meu caso) ficavam me massageando o corpo.
Calma! tudo muito espiritual e de roupa só pra constar.
Nesse dia foi bom, não pensei em vingança. Óbvio, pensei em coisas mais felizes!(acho que "coisas felizes" não vai deixar o texto impróprio)
Foi difícil fechar os olhos e confiar em quem eu não conhecia, não tinha intimidade (mas,isso é assunto pra outro dia).
Quando você se separa, você precisa nascer de novo, com outra cabeça, outras atitudes...isso exige força, dor, choro, e só depois que tudo passa você fica bem. Como num parto.
O Yoga não resolveu no meu caso e parei.
Com o tempo tudo passou, se acomodou, eu superei, e cresci.
Ficaram muitos aprendizados dessa experiência e muitas conclusões.
Duas conclusões posso dividir com você.
Primeira conclusão: se algum dia vc se separar, sei lá, só tô falando, vai fazer Boxe e não Yoga.
Você precisa socar toda dor, toda mágoa. Precisa transpirar todo medo, toda culpa.
Segunda conclusão: quando vc parar de lutar contra o outro, vc se encontra e quando vc se encontra... a paz tá lá sentadinha, calminha te esperando.
Ah! Yoga não tá mais na moda. A moda agora é UFC!!!! ( Ultimate Fighting Championship)
quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Só um Gato.


Um dia meu filho disse : 
- quem dera a minha vida fosse apenas dar amor e atenção para duas pessoas numa casa.
Como não entendi perguntei: 
- por que?
Ele disse:
- Porque se eu fosse o Mucho (nosso gato) bastaria dar amor e atenção a você e ao Vovô.
Achei engraçado no começo. Afinal, o que um pré adolescente de 12 anos quis dizer com algo tão simples e ao memso tempo tão profundo?
Ele é um garoto!bonito, inteligente, saudável, com uma vida de descobertas e oportunidades pela frente. E lhe bastaria ser um gato!
Não que ser um gato seja ruim...mas, que me desculpem os felinos, em especial o Mucho (nosso gato), mas é só isso?! um montinho de pelo charmoso?!
Fui além. Mas,e eu? me bastaria ser um gato? hoje depois de tudo e de todas as escolhas que fiz? E você?

Observo com isso o quanto estamos sobrecarregados. Como estamos entupidos de coisas como caminhão de mudança. Coisas velhas, novas, sentimentos, ressentimentos, técnologia, informação, espectativas e principalmente frustração.

Eu até posso querer ser um gato. Tenho um trabalho comum, não ganho uma fortuna (uma pena), já me separei, tive algumas decepções, hoje não dá mais pra jogar tudo pro alto e só fazer o que eu quero..e mesmo assim não tô a fim de ser um gato. Com 40 anos ser uma gata não será nada mal.. mas, até lá..
Mas, e ele? Nesse enorme mundo que o cerca de pequenas obrigações e satisfações..escola, curso de inglês, violão, MSN, Facebook..amigos, hormônios... eu vejo meu filho assim como eu frustrado as vezes com a própia vida.
NORMAL!!! Dias melhores, dias piores. 
Essa é a geração"y". Imediatista, se empolga com tudo e perde o interesse por tudo ao mesmo tempo.
É a geração pluralizada. Todos com todos e todos sozinhos dentro do seu mundo.
Minha geração foi educada por uma geração (nossos pais) sofrida, repreendida pelas suas idéias e comportamentos.
Quem já não ouviu o próprio pai dizer: - "na minha época bastava o meu Pai olhar e a gente já entendia"
Os nossos pais tentaram, e acertaram mais(com todo respeito aos meus avós).
Mas,e nós? O que estamos fazendo para que nossos filhos não queiram ser apenas gato?(bicho de estimação). O que tá faltando?  Que sonhos? Onde eles querem chegar? ou será que estão sendo metralhados de tantos estímulos que tudo passou a ser obsoleto? Isso me preocupa.
Como mostrar pra eles que a vida pode e deve ser mais que fazer suas necessidades fisiológicas numa caixinha de areia, dormir muito, ronronar e as vezes ter um ataque vulcânico?

Pensem. E espero que cheguem a uma conclusão... porque hoje olhando tudo a minha volta, conta pra pagar, chefe pra obedecer, trânsito, horário pra cumprir, mercado pra fazer, vida pessoal pra administrar, gente pra perdoar, erros pra esquecer.. hoje eu só quis ser um gato. 
E quem disse que eu não tenho esse direito e você também.
Miauuuuuuu.

domingo, 20 de novembro de 2011

Nasce, o Rebento


Toda gestação é difícil. Pelas mudanças causadas, pelas perguntas e medos constantes e pela responsabilidade inerente a escolha.
E, assim foi longa a gestação de uma idéia, o nascimento de um sonho adormecido.
Nasceu hj com todas as dúvidas e receios, e com uma única certeza, que fazer o que se gosta é apostar no garantido. É no mínimo garantir a si mesmo a felicidade. E tem prêmio melhor que esse? Fazer o que se gosta? Eu gosto de falar. Eu gosto de escrever.
Quando decidimos cuidar, proteger, se responsabilizar por algo, alguém... pra mim sempre acaba se estabelecendo uma relação maternal. (Anos de terapia não me impediram de continuar agindo assim, com tudo..infelizmente.) Por isso chamo de "filho".
Não fiz sozinha. Assim, como não se faz um filho. Contei com o apoio e a gentil condescedência dos amigos(Castanheira, Tutu, Angelo, Luciana, Ju, amigos do colégio, do Facebook, e outros muitos)..Praticamente uma mãe solteira e moderna. Nem tanto. Tive também a ajuda de alguém experiente e muito  especial, que acabou adotando o "filho", e hj é um pouco o pai postiço da idéia (Obrigada Tiago pela força).
Hoje nasce o meu Blog.. nasce no meio de tantos outros, mas, sem muitas pretensões .. porque é filho de um berço humilde.
É batizado com um nome muito apropriado e conveniente.. "MINHA VONTADE DE FALAR É CRÔNICA...".
Eu sou assim. Falante. Falo, falo e falo. Falo sempre, sozinha, comigo, com os outros, com estranhos, dos outros e de mim. Falo e respondo. Falo e calo.
Quando me refiro a falar na WEB pra mim significa escrever. Essa é a linguagem.
E quando digo Crônica, me refiro a dois sentidos. O literário e o patológico.
Literário: porque gosto de crônica, gosto do cotidiano, dos fatos comuns, das pessoas ao redor. Enfim, crônica é o encontro de um momento(tempo cronológico), um fato e uma opinião.
Patológico: porque é quase compulsivo falar/escrever. E doente torna-se  na medida que é descontrolado. 
Bom, hoje é dia de fumar charuto, distribuir Bem nascidos (lembrancinha que se dá na maternidade) e amamentar pela 1ª vez. Porque hoje nasce o Blog "MINHA VONTADE DE FALAR É CRÔNICA".. 
Aqui você vai ler de tudo e de tudo um pouco.
Serão textos sobre a minha pouca e solitária referência.. sobre amor, filho, casamento, sexo, religião, futebol, mulher, dinheiro, trabalho,amizade, homem, gato..vou falar do que eu tiver vontade, sem compromisso.. vou cometer muito erros, mas, vou seguir descalça e com esse "filho" nos braços, porque eu escolhi.
Venha comigo... e sempre que quiser ler, compartilhar e comentar estaremos seguindo juntos.
Ah! e desde já Obrigada! por me deixar escrever, por me deixar falar! 
Beijo Beijo 

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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.