quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A culpa é dela! Da escova de dentes...



Venho me perguntando por que tem relacionamento que tem tudo pra dar certo e dá errado. E outros que tem tudo pra dar errado, dão certo.
Considerando que a questão é absolutamente aceitável e normal, porque faz parte da vida...Quais são os fatos? As atitudes? Os sonhos? Os caminhos? E até os objetos que fazem uma boa relação acabar antes de se tornar um grande amor?
Na mesa de um bar com amigas um moço simpático e charmoso disse: “A mulher te convida para dormir na casa dela algumas vezes, você vai. Na quarta vez tem uma escova de dente pra você na cada dela”. E finalizou: “Isso é demais!”
Na percepção dele ter uma escova de dentes na casa da moça era sinônimo de relacionamento sério, compromisso. Essa foi a leitura, e acho que não era isso que ele queria.
Na praia numa outra roda uma amiga disse: “Me envolvi um bom tempo com um homem. Saíamos, tínhamos intimidade, era um relacionamento... Um dia espontaneamente ele comprou uma escova de dentes e deixou na minha casa”.
O relacionamento acabou. E ela disse que quando olhava a escova de dentes no banheiro dela, pensava que a atitude de comprar a escova de dentes ainda que voluntariamente foi pesada demais pra ele.
Outra amiga que saia com um moço ganhou dele uma escova de dentes pra ficar na casa dele. E confessou que ficou confusa e perturbada com o significado daquilo.
Levando em conta que higiene pessoal é necessária e indispensável a qualquer casal que dorme e acorda juntos, a escova de dentes é item obrigatório! Mas, foi ela que fez com que todos ponderassem uma relação mais séria.
Se o corpo fala, e ele fala, alguns objetos tem uma linguagem muito particular e codificada.
Porque no caso ganhar, dar ou comprar uma simples escova de dentes significou algo muito maior.
Todos de alguma forma se sentiram desconfortáveis com a atitude envolvendo a escova de dentes.
Ninguém ousou pensar de maneira simples e levou a coisa para o lado da limpeza, da higiene.
A gente tem essa mania de complicar tudo e potencializar tudo ao cubo.
Eu não vou julgá-los. Eu mesma faço isso constantemente, procuro nos sinais e seus significados respostas para minhas perguntas.
Mas, honestamente quando estamos envolvidos em qualquer situação estamos muito vulneráveis e nossa visão fica deturpada, e acabamos vendo só o que nos convém.
E nem sempre é isso ou aquilo.
O fato de não sermos transparentes por “N” motivos dá ao outro o direito de pensar o que quiser.
E aí mora o perigo. Porque cada um faz o filme que quiser, inclusive com a escova de dentes como protagonista.
Não sei se a pobre da escova de dente que serve exclusivamente para limpeza dos dentes, é a culpada por querermos ou não algo mais sério com alguém.
Óbvio que não é.
Nesse caso acho mais justo assumirmos o “sim” ou o “não” da questão.
Quando queremos é porque houve o encontro, e quando não, é porque não houve esse encontro.
Curto, grosso e direto assim.
Nada mais digno do que expressar não através de um objeto, mas, com palavras e atitudes o que queremos.
Um diálogo assim sem ruídos e interferências reflete em uma interpretação sem equívocos.
Essa conversa custa, nem sempre é agradável, principalmente quando um quer uma coisa e o outro quer outra, mas, é honesto e descarta aborrecimentos e dores no futuro.
Penso que não temos nenhum e nunca, volto a dizer nenhum e nunca, o direito de brincar com os sentimentos de alguém. Isso é sério.
Não há problema algum em ter uma escova de dentes na casa do seu “ficante” ou namorado. Desde que ambos saibam o sentido disso.
Tudo é mais simples quando tornamos as coisas mais claras.
Brincar de ficar, namorar, morar juntos e até dormir uma noite com alguém, é bom demais, mas cada coisa tem seu peso.
Não vamos pesar demais o que são apenas gramas, não vamos pesar de menos o que são toneladas.
De qualquer forma acho que os fabricantes de escova de dente deveriam criar uma escova com legenda.
Explico: Deveria vir na escova escrito “ficante” ou “namorada”, isso ia facilitar a nossa vida.
Taí se essa moda da escova de dentes com legenda pega vou ficar rica! 
terça-feira, 25 de setembro de 2012

Samba meu


Foi samba
No começo de pouco sucesso
Depois acabou ganhando o carvanal
Foi sapucaí em pé agitada de alegria
Foi encontro e desespero
Do enredo e da bateria
Foi samba de amor
Foi samba de chegada
Foi samba de alegria
Foi samba e fantasia
Ai como todo samba bom
Foi samba sem razão
Foi só coração
Foi só samba da noite
Samba vontade
E foi virando samba de um sucesso só
Sozinho,calado,abafado,triste
E virou samba partido alto
Samba de despedida
Samba de saudade
Hoje é samba desilusão
Mas toda vez que penso nesse amor
Eu penso no samba da esperança
Do reencontro, da volta
E mesmo você longe...eu penso
Que amo seu samba todo
E todo minuto no ritmo do tum tum da bateria do meu coração
Eu me pergunto
Que samba isso ainda vai dar?

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vestida para encantar



Faz tempo que quero mudar a “roupa”, a “cara”, mudar o “layout” (para os antenados) do blog.
Foi conversando com Marcos Otiay (amigo muito especial, vizinho, companheiro de insônia e diversão, ariano, alguém que admiro e gosto muito) que falou: “Má, você precisa mudar o layout do seu blog. Tá muito sério, feinho! E não combina com você”.  
Concordei com a ideia da mudança, porque era mesmo necessário uma “roupa” nova para o momento.
Bom, o Otiay com seu talento de Diretor de Arte, fez tudo! Eu só disse que queria algo mais parecido comigo, doce, romântico, mais feminino. 
Essa roupa nova precisava ser um vestido gostoso e não um “tailleur” sisudo. 
Quando eu vi pronto, foi como olhar para um vestido de chiffon de seda, embrulhado com papel fino, dentro de uma caixa branca, com laço de fita azul... foi presente!! 
Desde então fiquei ansiosa pra usar, botar esse vestido novo. Sabe quando você compra um vestido pra festa mais importante do ano?! Sabe quando você imagina que a noite vai ser perfeita, que vai estar linda?! Sabe quando você quer todos os olhares para você?! 
Pois é, vestido, roupa nova tem esse poder. Eu amo roupa nova, toda mulher gosta.
Dependendo da ocasião a roupa é tudo. Ela faz a diferença, traz a segurança, a sedução, o encantamento, ressalta a beleza. Usar a primeira vez então é uma delícia!!
Temos roupa pra tudo. Roupa pra sair, trabalhar, fazer ginástica, casar, ficar em casa, pra  seduzir, dormir...até pra ser enterrado temos roupa. 
Muitas vezes nos vestimos para nós, só com a intenção de nos despirmos para o outro.
Sou uma mulher perfeitamente normal, tenho muitas roupas, e sempre acho que não tenho nenhuma. Compro peças que não uso, outras eu uso até gastar, até ficarem puídas. 
E tem coisa mais gostosa do que roupa velha de ficar largada em casa? 
Não importa a roupa, seu estilo, você precisa se sentir à vontade nessa segunda pele. 
Esse blog, de certa forma é minha segunda pele. Me visto e também fico nua aqui.
Quem faz a moda é sua personalidade, sua vontade, seu jeito de ser.
Escuto muito isso: “O que não é moda e nunca será é querer ser o que não é”. Concordo.
Eu nunca me visto igual, com as mesmas roupas. Nunca quero ser exatamente como as outras pessoas. Somos diferentes para vivermos as diferenças.
Gosto de ser diferente de mim mesma inclusive, de brincar de ser muitas Marcelas. 
Me fantasio com as minhas roupas, com minhas vontades, e minhas necessidades. Como todo mundo.
Sou menina, mulher, mãe, namorada, amiga, sou várias. Todos somos, são os papéis e os figurinos da vida de cada um.
Mas, sou sempre verdade, vontade, paixão, desejo, sonho, doçura, alegria e loucura. 
Eu estou totalmente à vontade nesse novo “vestido” que deu outro ar pro blog. Que deu um rosto mais delicado. Que caiu no corpo como véu, perfeito!
Estou muito feliz como quem vai pra festa se achando linda, esperando uma noite inesquecível, com a música perfeita, com o par de amor e o beijo quase no fim da festa. 
E nessa festa, aqui, eu vou continuar falando, vou continuar dizendo do meu jeito como eu vejo o mundo, como o mundo me veste, vou continuar deixando nas palavras um pouco da minha vida, do meu registro pessoal.  Da minha crônica vontade de falar.
Aqui já fiquei nua. E foi bom ficar. Foi importante, mudou muita coisa por dentro e por fora.
Agora estou de vestido novo. Vivendo uma fase bonita, segura, feliz. 
Acrescentaria um muito no feliz.  
E quero que esse novo vestido me encante com ideias, experiências novas pra contar.
Hoje eu estou me despedindo da roupinha velha do blog... mas não dele! 
O blog continua, agora mais bonito, mais personalizado. 
Termino dizendo estou de vestido novo!!!
Vestido de festa, pronta pra festa, pronta pra aprontar e pra encantar!
E você é meu convidado, venha com a roupa que você quiser, mas venha porque eu vou gostar e porque sem você pra ler e comentar não será festa.
E essa festa é nossa, do nosso jeito e a nossa moda.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vilminha, mas só para os íntimos



Vindo trabalhar esses dias, sentada no banco do ônibus em estado letárgico despertei com a chegada dessa mulher. Vilma.
Já tinha visto ela no ônibus outras vezes. Ela é o tipo de mulher que não passa batido. Faz charme pro motorista, graça com o cobrador. Anda rebolante, cheia de atitude. Senta com sua calça fuseau roxa, um decote perverso e tantos outros detalhes que mais parecia uma cigana com seus penduricalhos espalhados pelo corpo.
Ela atende o celular que como toque tem a música da Adele.Chique.
Vilma diz: “Alô, oi amigaaaaa você tá bem? Tô muito preocupada com você sumida!”
Alguém responde do outro lado... e só. Ela começou a contar o fim de semana maravilhoso que teve.
Detalhe Vilma tem 3 namorados. O Wilson, o José e o Cláudio. Mas morre de amor pelo ex o Antonio, palavras dela. Pensei mais uma que não dá um fim no passado, coitada.
Vilma é uma acrobata nata! Se equilibra entre os 3 namorados. Vive intensamente o amor e suas facetas. Com cada um deles ela é um tipo de mulher. A tímida, a safada e a normal. E disse pra amiga que não tem medo de ser descoberta, porque em caso de ser pega na traição, vai negar até a morte! Como fazem os homens.
Com tanta crise no mercado da paquera, dos relacionamentos, Vilma mostra que o que manda é auto estima! E a dela é na lua!
Ela crítica a patroa, a Vanessa. Diz que a patroa é uma boba, porque é bonita, rica, inteligente, depois corrige pensando bem ela é burra, porque vive chorando pelos homens. Deixa todos eles fazerem dela gato e sapato. A pobre patroa é usada por eles todos aos olhos da Vilma.
Vilma diz: “Ah! Se eu tivesse tudo que ela tem, eu ia fazer e acontecer, quer dizer eu já faço! Imagina! Com isso tudo botava fogo em Roma pela segunda vez” e solta uma feliz gargalhada.
Vilma falou muito sobre os relacionamentos e deixa claro as regras são dela e a cartilha é dela também.
Só faz o que ela quer e como quer. Taí uma mulher de atitude!
Sabemos que numa relação não dá só pra fazermos o que queremos, e nem agir assim de forma leviana com outras pessoas. É no mínimo grave, feio e desonesto.
Mas, me apego a uma questão importantíssima nessa história da Vilma...Auto estima!
Ela se ama! Em cada gesto, em cada risada que ela dá é notável seu amor próprio.
Sem dúvida que pra se amar não precisa ter 3 namorados, não se trata disso.
Nem ter um corpo perfeito, o cabelo liso, a conta bancária cheia de dinheiro Mas, puxando a sardinha pro meu lado ser loira ajuda (brincadeira).
Mas, essa é a vida dela, o modo dela seguir seu caminho. Cada um no seu quadrado.
Ela ainda no celular consolou a amiga dizendo: “Larga esse traste mulher! Você não precisa disso! Coloque ele no lugar dele, debaixo dos seus pés! Enquanto você não se amar nenhum homem vai te amar!”
Certíssima Vilma! Auto aceitação, auto confiança, auto imagem pra si e para o outro é tudo! Faz toda diferença!
Esse é um discurso tão batido, mas ao mesmo tempo tão atual. Nunca vi como agora vejo tantas mulheres se expondo à qualquer tipo de relação só pra dizer e mostrar que tem alguém.
Desnecessário dizer que quanto mais uma mulher se abaixa mais ela mostra a calcinha.
E aqui entre nós isso não é nada bacana.
A Vilma tem uma auto estima elevada, se gosta, mas, será que mesmo com essa explosão toda de auto estima na veia ela é feliz?
Não sei. Pareceu que sim. Mas, só ela que sabe, se ela se vende bem ou se de fato é um  "produto" excelente e diferenciado.
Já dizia o antigo ditado: “Propaganda é a alma do negócio” e nesse caso ter esse marketing pessoal ajuda pra caramba.
Disse ajuda e não sustenta eternamente. Porque só a verdade absoluta é sustentada sem enganos. Se você é feliz, bem resolvida de verdade, todo mundo acredita e aposta alto em você. Você brilha!
Caso contrário a luz vai se apagando, apagando até que vira breu.
Quando chegamos no ponto final Vilma fala pra amiga: “Querida deixa eu desligar, porque cheguei aqui. Olha vamos combinar um encontro, preciso te dar uma aula de como ser, se sentir e abalar como Vilminha. Ah! Vilminha só para os íntimos!”
Juro que quase perguntei pra ela: “Vilminha será que você não pode me encaixar nessa sua aula?”
Ah! Não custa nada tentar, se não fosse eficiente, ia ser cômico e divertido além de ser um "plus" no curriculum.
De repente o que serve para Vilminha não serva para mim ou pra você. Ou serve?! 
Porque sem dúvida cada mulher tem sua auto estima de ser né.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mulher objeto (de desejo) à venda



Tô à venda
Sou mulher
Fácil
Disponível
Tô enfeitada pra chamar a sua atenção
Tô brilhando pra você me notar
Qualquer elogio me compra
Qualquer beijo me leva pro céu
Qualquer prenda me encanta
Tô na vitrine
Na promoção
No saldão da loja popular
Tô na prateleira de exposição
Tô me exibindo pro seu desejo
Me leva pra casa na sua sacola
Me coloca pendurada no seu armário
Usa quando quiser por conveniência
Usa sempre ou de vez em quando
Me coloca na gaveta do seu coração
Me coloca!
E não me tira mais
Me deixa no seu coração!
Como coisa barata que você comprou
mas nunca usou
porque não gostou tanto assim
ou porque tem medo de gastar ou gostar ou amar e acabar e enlouquecer 
quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Chamado pessoal para "Recall"



Recall é uma palavra em inglês. Também é um termo que significa “chamar de volta”, “chamamento”, muito usado por empresas sérias e comprometidas com o consumidor. De uma maneira simples quando uma empresa te chama para fazer um “recall” normalmente é para reparar um defeito, um erro, uma negligência de fabricação. As empresas fazem isso constantemente porque é mais barato financeiramente, judicialmente, e assim também ficam com uma boa imagem perante seu cliente não comprometendo o marketing da marca.
Eu ando numa fase “recall”... me chamo o tempo todo para os meus defeitos, para o que posso melhorar. E isso eu estou fazendo de maneira bem honesta.
Querer é poder! Mas querer mais ou menos é poder mais ou menos também.
Tem coisa que dá pra mudar e outras dão pra aceitar.
Fico pensando que se a vida fosse fazer um “recall” acho que todo mundo sem exceção estava na lista.
Digo todo mundo, porque somos gente! Temos nossos “defeitos” de fabricação. Mentimos, enrolamos, comemos demais, somos preguiçosos, procrastinamos decisões importantes, sonhamos e não realizamos por medo. Enfim, cada um tem seu “modus operandi”(modo de operar).
O “recall” dá a possibilidade de corrigir um erro. E como é bom fazer isso!
Como seria bom mandar uma carta para quem você machucou e dizer: “Recall de traição”, “Recall de separação”, “Recall de engano” e resolver as questões mal resolvidas para vida andar.
Mas, não é tão simples assim. Quando algumas coisas acontecem na nossa vida, a única coisa possível às vezes é reconhecer o erro, mas reparar nem sempre dá.
Dizem que sábio é aquele que aprende com o tombo do outro só de olhar.  De verdade ainda estamos engatinhando nessa questão de sabedoria, porque na maioria das vezes caímos 100 vezes no mesmo lugar, do mesmo modo e não aprendemos.
Somos mesmo analfabetos emocionais. Preferimos ser assim, porque tomar conhecimento do fato nos obriga a enxergar as coisas como são. E isso dói.
Você gostaria de fazer “recall” de alguma coisa na sua vida, ou das suas atitudes?
Digo logo recall de atitude é possível, mas de caráter esquece!
Quem não tem escrúpulos, é medíocre, nem despacho no melhor terreiro da Bahia dá jeito!
Não corrigimos os erros das pessoas também. É cada um no seu mundo, na sua cartilha que tem que fazer a lição de casa.
Eu como mãe adoraria corrigir os erros do meu filho, porque não quero que ele passe por situações desagradáveis.
Graças à Deus não dá para fazer isso. Não dá pra corrigir os erros deles, por eles. Porque senão a gente faria. Mãe é assim acha que pode tudo só pra não ver o filho sofrer, chorar.
Mas, eles assim como nós, só aprendemos vivendo o erro, a dor e o arrependimento de errar.
O que podemos fazer com a gente, com isso tudo é “recall”.
Olhar com atenção pra tudo e corrigir, se redimir, não por moda ou obrigação, não por imagem, ou pelo social, mas por vontade própria e escolha unilateral.
Porque reparar erros, permite se perdoar de culpas, portanto, custa mesmo mais barato para alma.
Hoje eu estou fazendo um “recall” e chamando todo mundo pra viver melhor! Primeiro consigo, depois com o outro e consequentemente com o mundão aí fora.

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