terça-feira, 25 de junho de 2013

A melhor brincadeira é amar


Ano passado minha amiga Vanessa postou no facebook uma foto lindíssima dela e do seu marido Zé Luiz, meu amigo de colégio (casal que eu amo muito) que chamou a minha atenção. A foto era simples, tinha uma energia maravilhosa. Você olhava pra foto e automaticamente gostava. Gostava principalmente pelo que ela retratava. 
Era uma foto dos dois brincando daquela brincadeira antiga onde duas pessoas ficam unidas por uma bolinha, ou fruta, e a dupla tem que dançar, caminhar, chegar num determinado lugar sem deixar a bolinha, ou a fruta cair. Como chama essa brincadeira mesmo? 
Os dois estavam sorrindo, felizes, descontraídos. Porém, atentos, olhando um para o outro. Um tinha o outro como foco.  
A fotografia dizia que não era só não deixar a bolinha cair, mas, sim estar atento ao outro, nas atitudes do outro, para que se preciso fosse fazer um movimento pensado para salvar a equipe e não deixar a bolinha cair. No caso equipe de dois. 
Na hora que vi a foto, imediatamente pensei: Isso é amor. De uma forma lúdica, pra mim a fotografia retratava uma relação bacana, um casal feliz.  E eu sei que esse casal não é só bonito e feliz na foto, mas, são ao vivo e a cores também.
Relacionamento é estar atento ao outro, ao movimento do outro, é se preocupar em não deixar a "bolinha" cair, e fazer o que for necessário para que isso não aconteça.
No momento que um dos dois tirar o olhar do outro, fizer um movimento para outra direção, ou se distrair com o externo... pronto a "bolinha" cai. O relacionamento balança.
Esse cuidado de não deixar as coisas ruírem é constante. Se relacionar com qualidade com alguém requer e demanda atenção diária. Pequenos cuidados e grandes cuidados. E principalmente vontade.
Se não houver vontade, se a gente entrar na brincadeira por entrar, uma hora a brincadeira vai acabar. E pior acaba e a gente fica com a sensação que poderia ter feito mais, muito mais.
Um casal se movimenta juntos! Porém, muitas vezes em ritmos diferentes. Vai pra cá ou pra lá, ás vezes sobe, outras caí, mas juntos!
Claro, que uma relação é feita de 3 vidas. A da parceira, a do parceiro e a vida dos dois. Se caso uma dessas vidas isoladamente ou juntas não estiverem bem, acaba sim interferindo e causando reações negativas. E não tem jeito respinga no outro mesmo o outro não sendo a causa.
Sempre penso que para estar com alguém não devemos nos anular, modificar nosso jeito, ou abandonar os nossos sonhos, porque isso é muito vulnerável e perecível. Estraga a gente e a relação. Mas, se estamos com alguém devemos nos comportar como uma pessoa que se preocupa com outra pessoa certo?!
E esse compromisso não é só com as nossas vontades, acaba sendo com as vontades e ideais do outro também.
Vejo ultimamente uma intolerância absurda em se adaptar aos relacionamentos. Na maioria das vezes simplesmente abre-se mão da relação. Ou negligencia-se uma escolha feliz. 
Pergunto: E a bolinha como fica? No chão?
Pois é, a bolinha não pode cair lembra?! 
Almoçando um outro dia com a mesma amiga Vanessa, falando das relações, chegamos a conclusão mais óbvia que há, as diferenças existem em qualquer casal. 
A Vanessa porém me disse que apesar das "coisinhas" diferentes entre eles, ela e o Zé Luiz, tem muita coisa bacana e especial. Confidenciou que eles brincam um com o outro.
E é verdade. Já presenciei muito isso. Eles são leves, brincam, dão risada, tiram sarro um do outro, eles curtem a companhia um do outro. 
E mais uma vez digo: Isso é amor! Isso é não deixar a bolinha cair.
Nesse mês comemoramos o Dia Dos Namorados. Notei muita gente dizendo sobre estar sozinho na data, ou na vontade de ter alguém nesta data.
E pergunto independente da data, de sair para jantar e comemorar, do presente que se dá ou ganha, que relação você quer ter com quem está do seu lado? Uma relação leve? Onde existe os ajustes, mas que lá na frente a bolinha não vai cair ou uma relação perfeita que de uma hora para outra torna-se pesada e a bolinha cai no chão? 
As pessoas dizem aos quatro cantos que não existem mais pessoas para se relacionar. Falta gente disposta, solteira, afins. E principalmente a fim de não deixar a bolinha cair. 
Gente na rua tem. Pra todos os gostos inclusive e para todos os ultra modelos de relações estáveis. Mas, os "encontros" estão cada vez mais raros. 
A reciprocidade é cada dia mais incomum entre os casais. E essa palavra tão moderninha tem um significado antigo e concreto na vida de qualquer casal.
Reciprocidade, troca, permuta, de sentimento, gentileza, consideração, fidelidade, carinho, respeito, admiração...e claro atitude! Coisa bem à moda antiga mesmo. Sem muita invenção.
Mas, que funciona que é uma beleza. É igual receita de chá contra gripe que mãe e vó ensinam. Batata! dá certo!
Então, é assim pára de inventar moda, pára de dar pretexto, de sofrer sem razão, pára com esse joguinho da conquista que não conquista ninguém! Apenas aceite o amor na sua vida.
Faça tudo bem daquele jeito que seus avós faziam quando namoravam. Tenha compromisso com a outra pessoa.
E brinque de não deixar essa bolinha cair.
Mas, brinque pra valer! 
Porque a melhor brincadeira é NAMORAR SÉRIO!
*Esse texto era pra ter sido publicado no dia dos namorados. Mas, como amor não tem data postei hoje. Vanessa e Zé Luiz, obrigada por me ensinarem coisas tão preciosas sobre o amor!

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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.