quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cama nossa de cada dia...Amém!



Essa semana fui jantar com uma amiga e como sempre após os jantares, encontros e bons papos, ideias rondam a minha cabeça, meus pensamentos.
Conversa vai, assunto vem, conversamos sobre o que faz um casamento acabar ou se manter. Filhos? Estabilidade? Convivência? Cama?
Vamos nos ater a cama para divagar sobre esses lençóis tão prazerosos. Afinal, é um assunto que nunca sai de moda.
Se cama boa segura o casamento, sabemos também que não faz milagres, porque sem outras coisas, uma ora a cama quebra e o casal está no chão.
Se a falta da cama acaba mais cedo com o casamento é por razões óbvias. Casa-se, com um dos objetivos de ter uma vida sexual saudável, estável e frequente.
Cama é importante. Não vamos falar aqui do quanto, e nem de quantos por centos, posso acabar superestimando ou depreciando um número que acho muito pessoal.
Cada um sabe o quanto sexo é essencial pra si, o quanto gosta.
O que tenho notado, até por experiência, é que temos fases mais sexuais e outras mais pacatas, mais mansas. É idade, comodismo, preguiça, baixa estima, falta de tempo? Não sei. Cada um tem sua razão ou razões. Mas, assim como a bolsa de valores temos altos e baixos nessa ação, e um gráfico estável é bem raro.
Que bom! eu diria. Porque sexo precisa ter altos, baixos e “loopings” pra ser divertido. Até o sexo nosso de cada dia fica chatíssimo todo santo dia igual.
Sexo, cama, quando é espetacular, defino espetacular, como espetacular mesmo e não meia boca, deixa suado, rendido, exausto, extasiado e satisfeito qualquer ser vivo.
Acontece que quando casamos normalmente já temos uma intimidade com o parceiro. Com isso desenvolvemos o “jeitinho” do casal de transar.
E muitas vezes bitolamos nesse “jeitinho”, e isso aciona um piloto automático desastroso. É verdade que com cada parceiro é diferente (ainda bem). Mas, quando estamos começando um novo relacionamento é batata! Fazemos as estúpidas comparações. E esse leque de comparações é um universo paralelo gigante!
Existem mil e um “jeitinhos". Bom, excelente, péssimo, satisfatório, regular, bizarro,extravagante, paranormal, virtual e por aí vai.
Basear uma relação só em sexo é um equivoco sem tamanho, assim como deixar de fora da cama o sexo é altamente arriscado para uma relação.
Como diz um amigo, Wil Andrade, "os extremos são perigosos". Nem mais nem menos. Nem pra sobrar e muito menos para faltar. Sim, porque se pouco faz falta, muito enjoa ás vezes. Nesse caso o meio termo é um meio bom.
Por falar em “meio”, é no meio do corpo do homem e da mulher que a vontade tem que ser inteira para as coisas acontecerem. E é no extremo de cima, na cabeça, que as coisas precisam estar bem para que as coisas rolem bem. E se não rolar é no extremo de baixo, nos pés, que fica o ponta pé do tchau para acabar com a relação. Só uma questão de meio e extremos nada mais.
No entanto estamos passando por uma crise sexual mundial. Nunca se pode tanto, se fez tanto e se foi tão infeliz, vulgar e insatisfeito.
As relações estão desgastadas, as pessoas perdidas. Ninguém mais sabe o que é sexo bom, e sexo mau.  Nesse caso acho que seria mau com “L”. MAL seria mais apropriado, porque é o sexo que não faz BEM pra consciência.
Ressaca moral pós sexo é sem dúvida pior que porre de vodka que provoca amnésia
Estamos buscando algo que não existe e que proporciona um prazer tão inexistente quanto.
Tudo isso por falta de coisas muito simples e básicas...INTIMIDADE, COMPROMISSO, RECIPROCIDADE.
Relações de carne e prazer nem sempre saciam, bastam.
Haja vista o sucesso que o livro “50 tons de cinza” está fazendo entre as mulheres.
O livro é um romance, erotizado, de conteúdo adulto, que nada mais é que uma estória de amor, sexo, com um homem lindo, rico, poderoso, que proporciona loucuras e prazer na cama. Esse mesmo homem cuida, protege, e ama a moça e aí está o sucesso do livro.
É o sonho de qualquer mulher, e mulher vive de sonho meu amigo.  Mas, esse sonho só existe em livro mesmo.
Estamos sim carentes de sexo! Cama! E aqui me refiro aquele sexo bem normalzinho, papai e mamãe que de tão idiota é gostoso para caramba. Por um motivo bem evidente...qualquer cama com quem amamos pode levar a loucura.
Mas, nós mulheres estamos querendo mais. E mais é o plus, mega, blaster, top na cama e no amor. E tudo isso é só e nada mais que AMOR + SEXO juntos e conjugados. Como sempre quisemos inclusive. Coitados desses pobres homens, pois, é tarefa difícil nos agradar.
Qual era mesmo a pergunta? Ah! Sim... o que faz um casamento acabar ou se manter?
Na minha opinião incompatibilidade de gênios.
Traduzo.
Um gênio que ama e outro gênio que deixou de amar. Ou dois gênios que não se amam mais.
No fundo o amor acaba com o casamento. Claro, a falta dele pelo outro.
Só isso acaba com o casamento, o resto é só termo jurídico pra justificar o processo de separação.

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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.