quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Território conquistado é batalha ganha



O jogo da conquista é um dos mais antigos e mais gostosos de jogar. Tanto que vai ano, passa o tempo, passa séculos, Faraó vira múmia e a gente continua gostando, jogando, ganhando e perdendo, mas, sempre na batalha, nesse “front”.
Você já jogou“WAR”? WAR é um jogo de guerra, estratégia, onde o jogador vai conquistando territórios, países. Quem tiver mais países conquistados ganha o jogo.
Preste atenção no que vou dizer agora:Todo jogo tem regras! E no jogo da conquista não é diferente. É uma guerra de estratégias e existem regras femininas e masculinas só pra tornar tudo mais interessante.
Até Tim Maia um completo desregrado tinha poucas regras e disse:“Vale tudo! Só não vale dançar homem com homem e nem mulher com mulher". Ah! Essa  parte “só não vale dançar homem com homem e nem mulher com mulher” hoje é regra quebrada e tá valendo também.
O que faz as regras mudarem? Comportamento associado à moda, sentimentos, desejos revelados à meia luz e mais um mundo de coisas pra ser prática e não me estender muito.
Mas, hoje nesse jogo vale  tudo mesmo, ou sei lá, quase tudo, ou o que cada um acreditar ser regra boa.
Nesse pode e não pode das regras tudo virou uma grande bagunça, uma orgia grega.
Disse um amigo:“Nunca no primeiro encontro deixe as coisas avançarem demais, prorrogação no primeiro encontro então nem pensar.”Regra antiga essa. Regra machista para um tempo feminista demais eu digo.Mas, pelo visto ainda resistente aos novos tempos.
Essa é a visão masculina e também a visão masculinizada de algumas mulheres. Algumas mulheres diriam: “Que absurdo! Que vagabunda transar no primeiro encontro” só pra engrossar o coral. Já outras diriam: “Que empáfia o homem vai a lua e a mulher não pode transar no primeiro encontro”. Está vendo como é bem complicado.
Voltando ao jogo, uma boa jogada pode fazer avançar casas e uma má jogada pode sem mais e nem menos fazer você perder o jogo, ou ser desclassificado.
A questão maior é estamos perdidos nesse jogo. Jogamos tênis, onde na verdade o melhor é jogar frescobol. E por uma razão clara, no tênis precisa ter um ganhador, no frescobol tem que ter parceria já dizia o texto “Tênis X Frescobol” de Rubem Alves (vale a pena ler procura no google).
Meu amigo disse ainda: “Território conquistado, não se perde mais” Traduzindo: Beijou, no próximo encontro é daí pra frente. Entendeu?!
E esse daí pra frente complica um pouco mais em alguns casos. Porque se já não bastasse ter que conquistar os “territórios” da pessoa, ainda temos que conquistar a família, os amigos do colégio, da faculdade, do futebol, o porteiro do prédio, a melhor amiga, o cachorro, o chefe,  etc, etc.... affeeee!
Engraçado é que depois de todos os territórios conquistados, como num jogo comum, acaba o jogo. Da “game over” pelo menos no jogo da conquista. E isso não pode nunca, jamais, “never” acontecer! A conquista é diária.
Juntando à tudo isso temos as regras do pode e não pode.
Pode ligar? Pode mandar mensagem? Pode adicionar no facebook? Pode chamar pra sair? Pode aceitar o convite? De quem tem que ser a iniciativa? Enfim, pelas minhas contas são 718(tô chutando baixo) pode e não pode a serem seguidos metodicamente.
Você já quebrou regras? E se deu bem ou mal?
Adoro quando tudo foge as regras, ao nosso controle e nos jogamos, porque daí dá um jogo bom.
Homens e mulheres desarmados de regras, deixando a coisa  acontecer muitas vezes dá compromisso. Ou na linguagem atual “Em relacionamento sério com”. E esse é o objetivo do jogo. Nem sempre acontece. Tem jogo que não vira isso mas, é bom pra caramba de jogar enquanto dura.
Com esse meu amigo deu jogo, e ele se rendeu aos encantos de uma boa, linda, simpática, inteligente, jogadora. Ah! E pisciana! (Puxar a sardinha no jogo é regra básica).
Honestamente o que precisamos fazer é deixar as regras de lado. Olhar nos olhos, deixar o coração falar alto, sentir a verdade do outro e se apaixonar perdidamente. Bem piegas. 
Porque esse é o melhor jogo que existe. E tanto nós meninas, e eles meninos, somos ótimos jogadores.
A única regra que proponho é a regra número 1 descrita aqui em baixo.
Regra número 1: Quebre regras. Todas se necessário for. Essa é a regra válida para se viver uma história de amor. Pode até dar alguma dor de cabeça, mas vale a pena, ô se vale!
Lembra que eu disse lá em cima Todo jogo tem regras!...completo: Para serem deliciosamente quebradas por causa de um bom motivo. 
E o amor é o motivo bom nesse caso.

*Hoje lendo o texto no ônibus, um senhor distinto ao meu lado perguntou:"Você escreve?"
Eu respondi: Sim, tenho um blog. Hoje é quinta dia de por o texto no ar. 
O senhor:"Sou Advogado, adoro ler. Posso?!". Dei o texto pra ele. Após alguns minutos ele disse:"Moça, você tem um talento. Escreve bem, é espirituosa e consegue prender o leitor. Adorei o texto. Muito bom. E se me permite te digo sou o Vicente, tenho 60 anos e sou casado com a Olga há 35 anos, uma senhora que quebrou todas as regras e me fez também quebrar todas elas por ela. E confesso sou extremamente feliz!" 
Nos despedimos e ele terminou dizendo:"Tenha um bom dia. Ah! o seu sorriso moça faz muitos homens quebrarem regras". Por fim eu sorri pra ele.

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Marcela Moretto

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