quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Psiu! Vamos falar de política?



Fim de semana passado tivemos eleições municipais. Mais uma vez pudemos escolher pelo voto direto um político para nos representar junto às nossas ideologias políticas. Será?
Desculpa serei dura. Nunca vi uma campanha tão desnecessária, tão sem sentido.
Se o cenário está batido e cansado, os atores, os figurantes e a própria estorinha toda continuam exatamente iguais .
Parece peça de teatro que fica anos em cartaz, mas nesse caso a peça é obsoleta e ruim. E precisa de um “remake” urgente.
Frustra-me mais uma vez procurar as diferenças, as propostas e encontrar sempre do mesmo. Candidatos completamente “montados” por marqueteiros e partidos interesseiros e oportunistas.
A farinha é do mesmo saco e da mesma falta de qualidade.
Quase ninguém gosta de falar de política. Tem um ditado popular que diz que política, religião e futebol não de discutem, porque vira discussão.
Escuta, chega disso!! Já passou da ora de falarmos, gritarmos política por aí. Não adianta falar baixinho não. Precisa expor e sem demagogia essa voz precisa chegar aos ouvidos de todos.
A voz precisa ser clara, limpa e não com interferências como naquela brincadeira de telefone sem fio, que de uma pessoa para outra a conversa chega totalmente distorcida.
Antigamente havia na grade curricular da escola a matéria Educação, Moral e Cívica, que entre outras coisas como ensinar o hino, ensinava sobre ética, deveres e obrigações dos cidadãos e política.
Na minha humilde opinião essa matéria deveria voltar as salas de aulas. Se faz necessário despertar o interesse político desde cedo. Só assim passa existir uma consciência coletiva sobre a questão. Só assim o povo será POVO, podendo exercer seus direitos e obrigações, e  não rebanho onde se um boi vai por um caminho é por ali que vai a boiada toda.
Estive recentemente na Argentina e me impressionou o povo argentino que sem distinção de qualquer diferença gosta, fala, vive a política do seu país. Sem exceção eles discutem, se interessam pelo assunto.
Ao contrário do argentino, nós brasileiros somos analfabetos políticos. Analfabetos que sofrem de amnésia profunda e coma induzido, que de eleição em eleição, acordam mas se esquecem das barbaridades cometidas. Somos analfabetos políticos que achamos que lendo a  revista VEJA um fim de semana antes das eleições estamos por dentro do assunto.
Em matéria de política o brasileiro não estuda nem pra passar de ano. E se não estuda vira repetente dos mesmos erros .
Não quero fazer um palanque aqui defendendo esse ou aquele candidato, e nem partido. Não se trata disso. Convencer não é meu papel, falar sim, convencer não.
Já basta a obrigação de votar, que pra mim é profundamente arcaica e provinciana. Escutando a CBN News um jornalista dizia que o voto é mais um dos instrumentos de se exercer a democracia e cidadania.
Concordo categoricamente.
Isso vai tão além que NÃO jogar lixo nas ruas é também uma maneira de ser cidadão.
Ter a obrigatoriedade de votar só nos faz mais manada.
Penso longe, sonhando alto, como seria bom, positivo, se cada brasileiro quisesse votar única e exclusivamente porque reconhece a importância do fato para seu país e para o progresso.
Nessas eleições tivemos um número altíssimo de brancos e nulos. Talvez o maior número até agora.
Opa! Tem algo errado ai. Será que essas pessoas que votaram branco, nulo ou se abstiveram de votar não estão dizendo alguma coisa? Será que não precisam ser ouvidos? Porque nunca essa voz tão “calada” disse tanto.
E pra ser bem simples essa voz “calada” disse:“De tudo que tem ai, nada me agrada”. Tirando a preguiça de alguns de escolher, foi isso que foi dito.
Essa postura preocupa. E não prestar atenção nessa fatia de eleitores, é desconsiderar a democracia na cara dura.
Ainda nessas eleições tivemos um número de ex artistas, ex jogadores de futebol, ex cantores, ex atletas  e até funkeira se elegendo.
Não vou julgar a capacidade do cidadão como pessoa, individuo, mas, por favor cada um no seu quadrado.
Política é uma coisa séria! Ou será que aposentadoria virou sinônimo de vereador?!
Ah! Isso não dá!
Política se faz além da boa vontade de botar a mão na massa, eu disse na massa, e não no bolo, de dados, estudos, planejamentos, visando suprir as necessidades existentes em todas as áreas.
A política brasileira precisa em carater de urgência de bons administradores, de empreendedores, e sem dúvida de um caminhão de ética e honestidade.
Honestidade virou um vestido feio de gente humilde, pobre, que dá vergonha de ser usado. O que está na moda é o terno, o “tailleur” dos conchavos, dos arranjos, do mensalão. Tudo muito fino, elegante e podre.
Disse Charles de Gaulle ex primeiro ministro francês:“O Brasil não é um país sério”. E de verdade quando elegemos uma funkeira para vereadora só tornamos essa frase autêntica e grifada pra todo mundo ler.
Nessas eleições elegemos mais mulheres. Isso eu vejo como ponto positivo. Porque até ontem não eramos dignas de expressar nosso ponto de vista, quem dirá ser candidata eleita.
Meu filho perguntou ontem pra mim:“Mãe quem é José Dirceu?". Gostei dele ter perguntado e mostrado seu interesse.
Termino dizendo duas frases de muito efeito:“Tenho orgulho de ser brasileira!” e “Sou brasileira e não desisto nunca”.
Está na ora de gritarmos essas frases ressaltando a razão, a emoção e principalmente a AÇÃO!
Chega de brincar de estátua quando se fala de política.
Só a AÇÃO consciente motivada pela razão e emoção vão nos fazer brasileiros mais felizes. E essa felicidade de ser brasileiro não pode ser sazonal. Não dá para ser brasileiro feliz só na Copa e no Carnaval.
Ah! E respondendo a sua pergunta filho...José Dirceu é um grande canalha! Mas, na sua linguagem ele é o inimigo, a força do mal. Exatamente isso.

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Marcela Moretto

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Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.