É uma das coisas mais clichês
que existe, mas, nessa época do ano quase todo mundo faz um balanço pra saber
se o ano foi bom, se não foi, se as metas foram cumpridas.
Enfim, é tempo de balanço. É tempo
de auferir lucro, prejuízo dos ativos e passivos do nosso ano, das nossas
atitudes.
Parece meio técnico usar esse
termo “auferir lucro e prejuízo” mas, eu penso exatamente assim. O que eu ganhei?
O que eu perdi? Quem ganhamos? Quem perdemos?
Conversando com alguns amigos,
muitos disseram do alívio do final desse ano. Amigos perderam empregos, outros
romperam com namoros, casamentos, e outros perderam pessoas queridas. A maioria
disse que foi um ano difícil , pelas perdas irreparáveis, pelos sentimentos
envolvidos e até pela falta de dinheiro.
Grande parte desses amigos atribuíram
a culpa do ano ruim, entre outras coisas, por ser um ano que termina em 13, ou
seja, um número de pouca sorte para alguns.
Passando o meu ano na régua, na
ponta do lápis da maneira mais cartesiana que existe, esse ano eu ganhei.
2013 foi um ano que eu ganhei
de presente pra vida toda. Não falo de grana, que também não posso reclamar,
porque as contas estão pagas, mas, um ano de assuntos que precisavam
definitivamente entrar nos eixos. Sonhos que precisavam ser colhidos.
Foi um ano de sonhos
realizados. Desde viajar com meu filho para Disney, depois conhecer Madrid e
Barcelona com uma amiga, até viajar de novo pra Disney com meu namorado.
E o melhor de todos os sonhos,
me reencontrar com o amor, dar um passo que me levou a ancorar meu coração num porto
seguro, num porto de paz.
Teve de tudo, e de tudo que é
bom e faz o coração feliz. Muitas festas, jantares, vinhos, risadas, praia,
amizade, muito amor. Com direto á pegar a estrada de Miami para Key West num
Mustang conversível da maneira mais “Hollyudiana” possível, de óculos escuros,
cabelos ao vento, respirando liberdade, num dia de pôr do sol na estrada ás
20hs.
Nesse dia mais de uma vez eu soube
que eu sou abençoada, e tive a certeza que estava com a pessoa certa, que eu
estava amando e feliz. Agradeci olhando para pôr do sol por ter me reencontrado,
por ter me resgatado a tempo de viver tantas coisas boas.
Foi um ano de trabalho e
recompensa. 2013 foi generoso comigo.
Mas, se comigo foi um filme de
amor, aventura e um certo glamour tenho consciência que para outras pessoas foi
um ano de perdas, de luta, de tristeza.
Perdas materiais damos um
jeito, mas, e quando perdemos alguém? E quando é tão de repente que nos tira o
ar?
O que dá para recuperar,
recuperamos mas, e o que não dá? como fica?
Como fica quem perdeu pai, mãe,
marido, amor? Não sei. Não dá pra saber. A gente só sente junto, pega na mão e
ajuda a andar.
Quem fica precisa achar um novo
caminho, ou continuar a andar no mesmo, só que de um jeito diferente.
Perder pessoas muda a gente. Posso
dizer com toda propriedade que ganhar pessoas também.
Muito escutei sobre cansaço.
Foi um ano que cansou muito. Não sei se porque estamos envelhecendo rápido
demais e o pique é outro, a pilha não está mais zerada, a maioria se queixou
desse cansaço.
Quase todo mundo cansou do
trânsito caótico, da violência, dos protestos, dos políticos, da impunidade, do
chefe, dos afazeres de casa, de ser mulher, de ser homem, de ser filho. Quase
todo mundo cansou de alguma coisa.
Estamos exaustos! Dormindo mal,
trabalhando muito, pagando alto por quase nada.
Agora já nos últimos dias de
2013, as pernas estão se arrastando. Todo mundo quer botar um chinelo, uma
roupa leve e sossegar o corpo e a alma.
O que deu pra fazer deu, o que não
deu, joga pra lista de 2014. E no novo ano já temos mil compromissos assumidos.
Apesar de tudo igual, ano novo
tem um ar de otimismo, a gente simplesmente acredita que tudo vai mudar para
melhor, mesmo continuando no mesmo trabalho, na mesma família, na mesma
relação desgastada.
Isso cansa! O que cansa é a falta
de mudança. O que cansa é a falta de mudar! Da gente mudar e não do ano.
Esse ano muita coisa mudou na
minha vida, e foi bom. Porque eu mudei para melhor comigo mesma.
2014 promete ser um ano cheio.
Espero cheio de boas possibilidades para todos e não só de expectativas, e de
saco cheio.
Temos Copa do mundo, Eleições,
poucos feriados, muitas coisas pra fazer.
E vamos fazer.
Que venha 2014. Porque vamos
matar no peito e fazer um gol de placa.
Afinal, em 2014 vai ter jogo e
o jogo vai ser no nosso campinho, portanto, temos a obrigação de jogar bem, de
vestir essa camisa 10.
Bom próximo ano pra todos nós!
0 comentários:
Postar um comentário