quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Que beleza de projeto, que beleza de menina



Há umas duas semanas estive no cabeleireiro para fazer meu cabelo. Justo naquele dia havia acordado pra baixo. Não sou de tristeza e tão pouco me deixo abater, mas, naquele dia estava “down”.

Melhor opção ir pro cabeleireiro, ou melhor Hair Stylist, nada como um bom corte e uma boa escova pra dar uma animada. Chegando lá após me sentar e explicar para o Júnior (Hair Stylist) como queria cortar e fazer as mechas, ele começou a trabalhar.

Imediatamente para ajuda-lo chegou sua assistente Jamile. Para minha surpresa ela era Down. Não down para baixo, mas, portadora da Síndrome de Down.

Desse instante até o término das quatro horas e trinta minutos que passei sentada fazendo o cabelo observei a Jamile.

Jamile é uma moça de fato especial. Ela é rápida, assimila tudo, é organizada, é  proativa, educada, segura, calma.

Faz suas tarefas totalmente comprometida e absorvida com aquilo. Fiquei impressionada. Não estava no celular, não fica de papo furado, ela é focada.

Nunca havia estado diretamente em contato com alguém portador da Síndrome de Down e vi como os meus olhos, eles são absolutamente normais.

Notei uma alegria espontânea na Jamile, que apesar da postura atenta e séria, trabalhou o tempo todo satisfeita e feliz com o que estava fazendo. Raro isso. Quantos de nós ultimamente anda satisfeito com seu trabalho, seu ofício? Ou quantos de nós está comprometido, absorvido e feliz com o que está fazendo para ganhar dinheiro?

Não consegui me conter e nem deixar minha curiosidade de lado, e perguntei pro Júnior como a Jamile havia ido parar no salão.

Ai ele me contou. Disse que uma cliente havia ligado para ele e perguntado se o quadro de funcionários do salão estava completo, porque ela tinha uma amiga, que tinha uma filha que queria muito ser cabeleireira e precisava de uma oportunidade. Ele respondeu que no momento estava com todo quadro de funcionários preenchido, infelizmente. Mas, ela insistiu. E ele quis saber qual era a questão. Sua cliente então falou que a moça era portadora de Down, que ele não precisava pagar o salário dela, pois, ela era custeada pela Empresa Italiana de cosméticos Alfaparf, que mantinha um projeto com curso e treinamento para ajudar jovens com Síndrome de Down. O Júnior não viu nenhuma objeção, apenas salientou que não sabia lidar com uma pessoa que tinha Down, porque nunca tinha tido contado direto com uma, mas, marcou a entrevista.

No dia seguinte no horário combinado compareceu á entrevista, a Jamile, sua mãe e uma Assistente Social.  

Quando o Júnior perguntou para Assistente Social  como a Jamile deveria ser tratada ela respondeu, normal, como você trataria qualquer outra pessoa.

Nesse momento o Júnior disse que ela poderia começar a trabalhar lá. A Jamile prontamente o agradeceu e disse para ele, você vai se surpreender comigo.

Ele me confessou que ficou se perguntando como isso poderia acontecer.

Bom fazem 3 meses que ele é surpreendido positivamente e diariamente pela Jamile.

Que bastou ele explicar uma única vez como as coisas funcionavam no salão para que ela fizesse tudo com muito empenho, perfeição e de forma organizada.

Nem preciso dizer que estava loira, de escova no cabelo, e chorando. Mas foi um choro de felicidade e gratidão por saber dessa história e de ter a oportunidade de conhecer a Jamile.

Pedi a permissão do Júnior para contar essa história aqui no blog. Queria que todos que conhecem os meus textos tivessem a oportunidade de conhecer o projeto da Alfaparf, o Júnior e a Jamile.

Com relação ao projeto tenho a dizer que é maravilhoso ver uma empresa mesmo que não brasileira, acreditando, cuidando desses jovens tão talentosos que precisam de uma oportunidade para mostrar do que são capazes. E olha eles são muito capazes. Do Júnior só posso dizer que ele é uma cara muito do bem, e tem meu profundo respeito, por ter aberto as portas da sua empresa e o fez de braços abertos e sem ressalvas pela causa e pela Jamile. Ele é um super profissional que em momento algum pensou ou teve a indecente ideia que isso pudesse prejudica-lo ou diminuir o prestigio do seu  salão.

Agora a estrela mesmo do texto é ela, a Jamile. Essa moça encantadora que me deu um tapa de luva de pelica dizendo pra mim com todas as suas atitudes que ela acredita na vida e nela. Que não é porque ela tem Síndrome de Down que ela precisa ficar sentada em frente a TV esperando a vida passar e acabar. Que ela não precisa der bajulada ou adulada ela só quer ser tratada com respeito como qualquer pessoa normal ou especial.

Ela quer com todas as suas forças e algumas limitações deixar sua marca na vida.

Geneticamente falando o número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), dispondo em pares, somando 23 pares. No caso da Síndrome de Down há um erro de distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos e este cromossomo a mais se liga ao par 21.

Eu sou leiga no assunto, e lamento profundamente por isso, porque nos tornamos arrogantes e ignorantes a medida que o problema não é nosso. Tenho certeza que se eu tivesse um filho, irmão, amigo Down eu saberia que eles são normais, que eles podem ter uma vida normal. Óbvio que os cuidados existem, claro que existe uma liberdade vigiada, mas isso não deve e nem pode ser um entrave pra se ter uma vida com sonhos, objetivos, amigos, amores.

De uma forma lúdica alguns pais de filhos Down e algumas pessoas dizem que esse cromossomo a mais é o do amor.

Não sou geneticista mas arrisco a dizer que sim é o cromossomo do AMOR.

Esse amor que lateja neles por cada tarefa simples executada, pelas pessoas a sua volta, pela alegria de compartilhar suas conquistas, esse amor que os torna inocentes, despretensiosos, felizes por qualquer razão. Esse amor fiel as suas vontades imediatas sem medo das consequências. Esse amor tão confiante e inesgotável que existe dentro deles.

Claro que quem tem esse cromossomo a mais, o cromossomo do amor, precisa ser diferente. Precisa ter o rosto, o corpo, os olhos, as mãos, os cabelos, o sorriso diferente, e talvez seja por isso que eles tenham suas próprias características e se tornem reconhecíveis a qualquer um. São especiais. E normais.   
Pra você que acredita no amor,  assim como eu, eu digo acredite nessas pessoas elas são incríveis e vão te surpreender.
sexta-feira, 31 de julho de 2015

E aí tá faltando alguma coisa?


De novo e aí tá faltando alguma coisa? A pergunta é logo no começo do texto que é pra você pensar no que está faltando lá no final.
Sempre me pergunto se os bichos, cão, gato, papagaio, passarinho, tartaruga...estão satisfeitos com a vida.
Porque se tem nessa terra bicho insatisfeito, é o bicho homem.
Ao contrário dos bichos que aparentemente se contentam com suas vidas, nós somos seres vivos, seres humanos com vontade própria para sermos insatisfeitos.
Pode perguntar, faça o teste,  pergunte para si mesmo, ou para outra pessoa, tem sempre algo, alguma coisa ou alguém faltando  para a felicidade plena e total.
Dificilmente não falta nada.
E até se poeticamente, por gratidão, por conveniência, por resignação, ou por roteiro, ela, ou você disser que não falta nada, eu vou achar que nesse caso está faltando a verdade.
Ok. Tudo bem, pode ser mesmo que nada esteja faltando, pode ser que essa pessoa, ou você, esteja satisfeito com a vida, com seu trabalho, corpo, relação afetiva, com tudo que tem e onde chegou, acho bom! Acho ótimo!
Mas, no fundo sempre falta. Falta tempo, falta espaço, falta ler um livro, falta fazer uma viagem, falta ser promovido, falta ter um filho, falta fazer a pós, falta falar inglês, falta casar, falta esquecer o ex, falta jogar tudo pro alto e viver como se sonha. Falta muito essa que é a verdade.
Penso que falta querer menos, e assim mesmo ser mais.
“Não é preciso ter tudo para ter muito” li isso dia desses e concordo profundamente.
Quando queremos menos, esperamos menos, somos mais completos de alguma forma.  E isso não é papo de Buda. É fato.
Mas, falta coragem para dizer não pro consumismo mundial, pro exibicionismo pessoal, pro buraco que a gente quer sempre tampar pra não cair.
É assim, a gente vem pra essa terra pra encontrar o que está faltando.  Na gente, nos outros, na vida, no nosso caminho.
A vida se resume a uma busca pelo “x” que determina onde o tesouro está enterrado. E muitas vezes o tesouro está enterrado de baixo dos nossos pés. Bem assim, bem clichêzão mesmo.
O “x” está do nosso lado, à volta de todos que amamos, das coisas incompletas que cultivamos, está junto de nós.
Perceba que quando nossa vida está redonda, tudo no lugar certo, no tempo perfeito até nos segundos, tudo, exatamente tudo como a gente quer, a gente pega um trânsito e muitas vezes ao invés de curtir a música do rádio, a gente começa a pensar no que está faltando.
Pronto! Está feita a desgraça! A cabeça pira, vem uma avalanche de sentimento  e um vazio, porque falta alguma coisa. Loucamente normal.
Ò meu Deus o que precisamos para aceitar que talvez hipoteticamente não falte nada? Que está tudo beleza?!
Do que falta, tempo pode ser a resposta de muita gente e amor também.
Mas, não vamos focar em todas as faltas, vamos priorizar e aceitar que dá para viver com alguma falta. Que isso é perfeitamente aceitável.
Claro que tudo não dá pra ter e tudo também não pode faltar, porque aí fica difícil seguir.
E nesse momento vem a fé, e não falo aqui de religião para não agradar uns e desagradar outros, mas, dessa coisa muito forte e motivadora que nos move e nos ajuda a não desistir do que já temos.
E tem coisa mais importante do que aquilo que já temos? Seja um carro velho, os amigos desajustados, a família maluca, o emprego chato,  o conhecimento medíocre e pessoal, o amor correspondido do jeito mais imbecil, a casa que precisa de pintura, qualquer coisa que temos é nosso. E é muito, muito valioso.
Mas, como disse anteriormente somos seres humanos com vontade própria para sermos insatisfeitos, e talvez de proposito somos assim, para não parar, para olhar adiante e continuar.
Normalmente em algum tempo da vida, ou mais no final dela, já não estamos assim tão exigentes, e quase não falta mais nada.  Justamente nesse tempo e por não faltar mais quase nada, adoecemos.
Vamos definhando nossos sonhos, nossas vontades em algum canto dentro de nós e morremos.
Então, essa falta que nos persegue a vida toda , não é assim tão ruim.
Ela nos ajuda a viver. Ela faz aquele pontilhado na vida que se você seguir e completar, lá no final vai formar um desenho, uma história bonita pra contar. A minha, a sua história de vida.
Eu não sei o que está faltando na sua vida, na minha faltam algumas coisas. E eu sou feliz com isso. Eu torço para sempre faltar o suficiente para eu continuar e o insuficiente para determinar que eu pare.
Que a falta seja justa e equilibrada, na dose certa e exata conforme merecimento.
Simples e bem complicado, como é e tem que ser. Afinal, isso é viver.
quinta-feira, 7 de maio de 2015

Estou amando uma menina


Ufa! O ano começou. Notícia atrasada essa, afinal, o ano já começou há 4 meses.Vida de mãe é assim, tanta correria, tanta rotina, tanto por fazer que a gente não vê o tempo passar. Ou melhor, a gente só vê o tempo passar, voando, correndo, acelerado e parece que estamos sempre atrasadas, com uma lista imensa de coisas pra fazer.
Esse é o primeiro texto do ano, e não que eu não tivesse tido vontade e assunto para escrever antes, mas, fiquei totalmente imersa na chegada da Luana, minha filha.
No começo do ano os dias foram dedicados aos últimos preparativos para seu nascimento. Depois tive que diminuir o ritmo pois, estava exausta e ansiosa. Enfim, ela chegou! Com data, local e hora marcada. Segunda-feira, dia 09/02/2015 ás 18:16hs. na maternidade Pró Matre de cesariana nasceu minha Luana.
Foi uma festa! Uma linda, emocionante e feliz festa. Foram muitas visitas, presentes, carinho. Ela foi muito esperada por todos.
O Ufa! aqui de cima, também é de alívio por tudo ter sido tranquilo e ter acabado bem como esperávamos.
Cabeça de mulher não pára de pensar um segundo, imagina de mulher grávida! São 7.312 pensamentos compulsivos agitados por dia (número fictício apenas para ilustrar o fato, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência ou não). Se você já achou meio paranoico esse número imagina todas as minhocas, grilos e pulgas associados a ele. Sim, a gente pira!
Damos graças à Deus quando o bebê nasce bem, saudável e todos podemos ir para casa depois de 3 dias.
Bom, o ano começou, logo em seguida ela nasceu e a vida mudou. A vida mudou e ponto final é só modo de dizer, isso não significa que as coisas acabaram. Ao contrário ai que tudo começou. 
Mãe e bebê precisam de rotina. Precisa ter horários, organização.Um bebê se desenvolve melhor quando logo nos primeiros dias se estabelece uma rotina. Isso o deixa seguro e calmo. No começo qualquer mudança é um pequeno stress, o ideal é que tudo seja igual para que ele se acostume a nova vida e entenda limites.
É cansativo. Muito eu diria. Dorme-se pouco e no geral somos solicitadas 24hs. sem intervalo de segurança.
O bebê até pode ser cuidado por outras pessoas que querem ajudar, mas, o bebê quer a mãe. É a mãe que alimenta, acalma, que exala um cheiro que da segurança, que decifra o choro. É a voz conhecida, e o calor que protege.
Então, por um bom tempo somos mais mãe do que mulher. E isso é diferente.
Não é raro ver mães mais preocupadas em arrumar, alimentar, fazer dormir seus filhos do que si mesmas.
É uma fase que temos super poderes. É tanta força, é tanta disposição mesmo com sono horas atrasado e muito cansadas pela demanda exigida.
Comigo não é diferente. Não foi há 16 anos atrás com o Arthur e não está sendo agora com a Luana.
Mas, não posso reclamar, ela é um bebê calmo. Come bem, dorme bem, consigo descansar e repor as energias. Mas, não me faltam espelhos pra mostrar o quanto estou cansada. Bebê é igual sol, tem efeito cumulativo. Um cansa o outro envelhece.
Demora um tempo considerável para o filho ser menos dependente e deixar de nos solicitar tanto. Talvez uns 30 anos ou a vida inteira em alguns casos. 
Brincadeira à parte é cada vez mais precoce a iniciativa de estimular nossos filhos a serem grandes por eles mesmos.
Tudo a seu tempo, mas, isso é bom e saudável. A longo prazo, na fase adulta, isso tem consequências positivas.
Eu não quero filhos adultos dependentes de mim para resolver seus problemas. Sou apoio, sou ajuda, mas, eles é que tem que achar a solução.
Esse vai ser o primeiro dia das mães como mãe da Luana, e posso dizer tem sido grandiosa essa experiência de ser a mãe dela.
Ela nem faz ideia, mas, já faço planos, já tenho mil preocupações, já sonho com os primeiros passos e palavras, já quero trocar segredos, já não quero que ela tenha cólica, já fico ansiosa por vê-la mulher feita. E bem feita.
Eu estou feliz e isso tem a ver com a Luana. Tem a ver com essa função mãe, tem a ver com esse universo todo especial, todo inteiro de amor, todo rodeado de entrega.
Esse ano algumas amigas também serão mães. Umas esperavam muito por isso, outras foi no susto.De qualquer forma vai ser maravilhoso para todas e todas serão outras mulheres depois disso.
Foi como eu disse dia desses...nenhuma mudança de vida é tão legítima quanto ter um filho. Tudo muda. O olhar, o dormir, o cuidar, o dar, o ser, o fazer, o sentir. E tudo isso muda por causa do amar.
E se a vida muda por causa do amar, mudamos também.
Onde tem muito amor, mudamos para melhor, onde tem pouco amor mudamos para pior.É incrível a capacidade de transformação desse sentimento.
Todas as noites quando coloco a Luana para dormir, penso como Deus foi generoso em permitir essa troca, essa relação de afeto.
E virou um hábito pedir à Deus que dê um bebê a toda mulher que quer ser mãe. É uma obrigação dele atender esse desejo. É muito cruel nesse caso querer e não poder.
Esse é meu pedido de dia das mães, que o mundo tenha mais mães.
Que o mundo tenha mais mulheres geradoras de carinho, de cuidados, de coragem e proteção.
Que muitas mulheres e porque não todas que desejam sejam mães. Mães biológicas, mães adotivas, que todas tenham seus filhos amados. Seja de parto normal, natural, cesariana ou por escolha e opção. Seja para dar o peito, ou a mamadeira.
Seja para ter um pai, ou ser mãe solteira. Seja com hora marcada ou a qualquer momento depois que a bolsa estourar.
Seja para sentir dor e depois amor.
Mães! O mundo precisa mais desse ser com caraterísticas tão particulares.
O dia a dia precisa dessa mão de mãe que dá jeito em tudo, mas, do jeito certo e não do jeito Gerson.
Nós somos diferentes. Nem melhores e nem piores, somos mães.Um tipo de gente que dispensa carta de referência. 
Por que? Porque somos excelência em gerar vida por amor, e isso é quase ser Deus.




quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Projeto Marcela 2015


Está na moda ter um projeto. É só observar a sua volta e notar que existem muitos. Projeto Carol Buffara é um deles. E quem é essa moça? Do que se trata o seu projeto? 
Eu não conheço quase nada da Carol Buffara, sei apenas, que ela é uma jovem carioca, que através do seu projeto divulga uma vida 100% saudável. Ser 100% saudável também está na moda. Ela tem um blog, um livro, da palestras. Enfim, adotou um estilo de vida e compartilha com outras pessoas, as quais se inspiram nela.
Início de ano costumamos fazer planos, traçar metas, objetivos, é comum tentar dar alguma diretriz para o futuro próximo. Ainda que no balanço final de cada ano anterior, não tenhamos cumprido algumas coisas, isso não nos impede de novamente no ano seguinte fazer uma nova lista com prováveis metas antigas. 
A gente faz uma reciclagem e fazemos uma nova lista as vezes com as mesmas metas.
Pensando assim e nessa onda de projeto, eu determinei que 2015 não vou ter metas, planos e objetivos. Mas, sim um projeto meu.
Veja ter um projeto é diferente de ter meta. Meta é uma coisa mais a curto prazo, uma coisa mais anual mesmo e projeto é algo mais a longo prazo, algo mais pra sempre entende?!
Eu decidi que em 2015 vou dar início ao projeto Marcela 2015.
Quero estabelecer algumas coisas simples mas, que tornem-se permanentes na minha vida.
Estou com muitas ideias e todas meio desordenadas, mas, assim que der o "start" no ano, pretendo organizar tudo.
Claro, que estou considerando que ano que vem vou ser mãe novamente, e se tem uma coisa que estará presente no meu projeto é cuidar da minha filha, ou melhor dos meus filhos.
Vai ser uma loucura! Porque o Arthur estará com 16 anos e a Luana com meses. Universos totalmente diferentes, ansiedades opostas. Enquanto ela vai precisar de mim para tudo e me querer por perto, ele vai querer espaço e autonomia.
Nesse projeto Marcela 2015, definitivamente está ser mais disciplinada. Pra mim isso não será fácil. Porque sou meio "deixa a vida me levar". E ter disciplina envolve rotina mesmo, com horários determinados, atividades definidas diariamente, uma vida mais planejada. Se por um lado parece meio automático e sacal e até menos romântico, por outro tenho visto que quanto mais conseguimos nos organizar e ser disciplinados com tudo, mais tempo temos e menos estress também.
Não dá para impedir um possível aborrecimento e fatores externos que influenciam o dia à dia, mas, dá pra gerenciar resultado.
Para 2015 quero um bom resultado. 
Não posso me queixar, ano passado e esse ano foram anos de bons resultados. Principalmente emocionalmente falando. Agreguei pessoas, sentimentos, minha vida mudou muito de um ano e meio pra cá.
Se antes eu tinha uma vida boa, solta e feliz, agora tenho uma vida mais compromissada e muito mais feliz pelo que tenho e pelas pessoas que eu tenho comigo.      
Não estava nas minhas metas de nenhum desses anos anteriores ter uma mudança tão grande assim. Pela idade, pelo andar da carruagem, era meio "isso não vai acontecer". Mas, para minha sorte tudo isso estava no projeto da minha vida. E eu nunca duvidei.
Sem nenhum apelo religioso e não querendo parecer uma pastora, mas, com base na minha história, dou meu testemunho. Eu falo que você pode e deve ter metas, isso é bom! Mas, realmente a vida tem um projeto só seu! Um grande projeto pra você. Com seu DNA, personalizado com suas digitais e tipo sanguíneo. E nada, nada, e nada tem o poder de mudar isso. Mas, você precisa assinar esse projeto. Colocar seu nome nele.
Você pode ter suas metas, e já disse isso é bom, mas, não esqueça do seu projeto.
Não engavete ele numa cômoda qualquer até ele ficar amarelado e cheirando a mofo.
Olhe, respire, deseje seu projeto todos os dias!
Não se afaste do que você quer, mesmo que o mundo imprima em outdoor "isso não vai acontecer". Seu projeto já está acontecendo, as vezes em silêncio, as vezes lentamente, as vezes aos tropeços, mas, ele já está acontecendo.
Acho que é isso que eu desejo para as pessoas em 2015... menos metas, mais projetos!
Projetos afetivos, projetos profissionais, projetos de vida!
Quando vamos construir uma casa pensamos nos detalhes, em tudo que queremos, em tudo que vai ser funcional, bonito e que nos agrada. E um arquiteto materializa isso num projeto. Seja o arquiteto, materialize!
Usando esse conceito, comece a construir um grande projeto em 2015.
Talvez você já esteja trabalhando nele há algum tempo, e se isso procede, continue! Vá em frente, porque o resultado vem.
Vem no dia à dia, vem na saúde, vem na conta bancária, vem nas relações.
O que eu desejo para 2015? Um grande projeto!
Um grande projeto pessoal e especial pra todo nós! Com a nossa assinatura, nosso nome. 
  
quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Estou jogando. E você?


Dia desses vi um anúncio de esporte que dizia: A vida é um jogo. Mesmo não sendo a primeira vez que eu me deparei com tal afirmação e jargão, dessa vez pensei a respeito.
Comparando a vida com um jogo, seja ele qual for, estamos aqui pra jogar e ganhar. Nos preparamos pra isso, desejamos isso, lutamos por isso.
As vezes jogamos sozinhos, as vezes jogamos com uma equipe, mas, jogamos.
E aí está a questão. Não estamos aqui pra buscar a bolinha. Usando o tênis como referência, no tênis existem 2 jogadores adversários e quem pega a bolinha. Não desmerecendo o catador de bolinha, mas, trazendo para a questão em si, é isso mesmo.
Ninguém quer pegar a bolinha. Até existem momentos da vida que a gente pega a bolinha, porque precisamos aprender, observar, mas, no fundo estamos loucos pra jogar.
No entanto, tenho visto tanta gente pegando a bolinha por aí. Explico.
Quando você diariamente lamenta coisas sem nada fazer pra mudar, você está pegando a bolinha. Quando você vive lá no passado e deixa de viver o bom presente, você está pegando a bolinha. Quando você deixa de ser você, quando você deixa de acreditar nos seus projetos, quando você dúvida da vida, quando você se contenta com migalhas afetivas, quando você vive só por dinheiro, quando você se importa mais com o outro do que consigo mesmo... em todas essas situações você está só pegando a bolinha e não jogando o jogo.
Eu poderia citar inúmeras maneiras de pegar a bolinha, mas, prefiro me ater ao jogo.
Jogar o jogo é tão mais intenso, complexo.Quando você joga o jogo, você sai da superficialidade, ou você afunda, ou você pega impulso pra respirar. Mas, boiar não está nos planos. Quando você joga o jogo, você sai da zona de conforto, enfrenta as diversidades, encara os desafios mesmo exaurido de forças, mesmo esgotado fisicamente, emocionalmente e mentalmente.
Você reage ao ponto negativo, você ataca, muda de estratégia. Por que?! Porque você está jogando! E quem está jogando não se distraí, não se abala com torcida contra, não se preocupa com o tempo. Quem joga o jogo quer ganhar.
O bom jogador não trapaceia. Trapacear é só uma forma de mostrar seu caráter, sua postura diante da situação. Ganhar limpo é sempre melhor, assim como perder limpo também.
Não falo jogar de forma pejorativa, negativa, como se ao jogar nós não usássemos da verdade, nos tornando frios, calculista, falsos, dissimulados. Não. Jogar o jogo, o bom jogo, é ser o mais verdadeiro e comprometido possível.
Quantas vezes o jogo está difícil e do nada aparece um reforço?! Um aditivo de animo, entusiasmo e aí o jogo muda pro seu lado.
Somos jogadores, adversários uns dos outros tantas vezes, mas, somos na grande maioria uma expectativa enorme de ganhar na vida.
Ganhar a nossa maneira, ao nosso modo, do jeito que planejamos ou não planejamos.
Uma vez reparei em dois meninos brincando com um jogo.O que perdeu, teve um ataque de fúria, chutou o jogo, esbravejou e deixou claro que não sabia perder.
Eu pergunto porque temos que aprender a perder??? Por que não nos ensinam só a ganhar??? Alguns vão dizer porque na vida ora você ganha e ora você perde e saber lidar com a frustração é necessário.
Ok. Mas, por que não podemos ganhar sempre? Respondo: Porque isso nos tornaria pegadores de bolinha. Cada vitória seria obsoleta, e até frustante. Ganhar sempre é muito chato acredite.
Perder pesa muito, custa muito, mas, ensina um bocado.
Ficar no banco por opção, medo, covardia, só observar e não jogar, pode ser uma forma de negligenciar um bom jogo, na verdade abrir mão sem tentar de algo melhor, algo grande. Essa escolha pacífica, traz resultados mornos, como o W.O. É como se você não estivesse ali.
A vida é um jogo dos mais excitantes e também desgastantes. São poucos que saem ilesos, sem se ferir, sem uma cicatriz. E sem tudo isso me pergunto será que teve jogo mesmo???
Olha mais vale um braço quebrado, uma perna ralada, um coração partido, uma cabeça fritando, do que sair imune e infeliz de um jogo.
Claro, que usando a razão muitos não se machucam tanto. Porém, é na emoção que viramos dois! E dois gigantes porque usamos o coração! 
Não ouso me meter no jogo de cada um. Esse é o tipo de coisa que cada um que sabe de si e que de conta depois.
Mas, um apoio pro jogo, um levanta o moral ah! isso eu sempre dou.
Se sua vida anda um jogo sem graça, assim, bestinha, sempre é tempo de mudar a jogada.
Observe suas atitudes, seus pontos de vista, suas companhias, e não a curto prazo, mas, a longo prazo tente prever qual será o resultado desse jogo.
E se não gostar, mude a jogada.
Mesmo nos 45 minutos do segundo tempo, dá tempo de marcar o gol da virada.
Eu vou torcer, vou torcer por esse jogaço que pode mudar tudo sempre a qualquer momento. 
Mas, viver pra pegar a bolinha, desculpa não é comigo.

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