Recall é uma palavra em inglês.
Também é um termo que significa “chamar de volta”, “chamamento”, muito usado
por empresas sérias e comprometidas com o consumidor. De uma maneira simples quando
uma empresa te chama para fazer um “recall” normalmente é para reparar um
defeito, um erro, uma negligência de fabricação. As empresas fazem isso
constantemente porque é mais barato financeiramente, judicialmente, e assim
também ficam com uma boa imagem perante seu cliente não comprometendo o marketing
da marca.
Eu ando numa fase “recall”... me
chamo o tempo todo para os meus defeitos, para o que posso melhorar. E isso eu
estou fazendo de maneira bem honesta.
Querer é poder! Mas querer mais
ou menos é poder mais ou menos também.
Tem coisa que dá pra mudar e outras
dão pra aceitar.
Fico pensando que se a vida fosse
fazer um “recall” acho que todo mundo sem exceção estava na lista.
Digo todo mundo, porque somos
gente! Temos nossos “defeitos” de fabricação. Mentimos, enrolamos, comemos
demais, somos preguiçosos, procrastinamos decisões importantes, sonhamos e não
realizamos por medo. Enfim, cada um tem seu “modus operandi”(modo de operar).
O “recall” dá a possibilidade de
corrigir um erro. E como é bom fazer isso!
Como seria bom mandar uma carta para quem você
machucou e dizer: “Recall de traição”, “Recall de separação”, “Recall de engano”
e resolver as questões mal resolvidas para vida andar.
Mas, não é tão simples assim.
Quando algumas coisas acontecem na nossa vida, a única coisa possível às vezes
é reconhecer o erro, mas reparar nem sempre dá.
Dizem que sábio é aquele que
aprende com o tombo do outro só de olhar.
De verdade ainda estamos engatinhando nessa questão de sabedoria, porque
na maioria das vezes caímos 100 vezes no mesmo lugar, do mesmo modo e não aprendemos.
Somos mesmo analfabetos
emocionais. Preferimos ser assim, porque tomar conhecimento do fato nos obriga
a enxergar as coisas como são. E isso dói.
Você gostaria de fazer “recall” de
alguma coisa na sua vida, ou das suas atitudes?
Digo logo recall de atitude é
possível, mas de caráter esquece!
Quem não tem escrúpulos, é medíocre,
nem despacho no melhor terreiro da Bahia dá jeito!
Não corrigimos os erros das
pessoas também. É cada um no seu mundo, na sua cartilha que tem que fazer a
lição de casa.
Eu como mãe adoraria corrigir os
erros do meu filho, porque não quero que ele passe por situações desagradáveis.
Graças à Deus não dá para fazer
isso. Não dá pra corrigir os erros deles, por eles. Porque senão a gente faria. Mãe é assim acha que pode tudo só pra não ver o filho sofrer, chorar.
Mas, eles assim como nós, só
aprendemos vivendo o erro, a dor e o arrependimento de errar.
O que podemos fazer com a gente,
com isso tudo é “recall”.
Olhar com atenção pra tudo e
corrigir, se redimir, não por moda ou obrigação, não por imagem, ou pelo
social, mas por vontade própria e escolha unilateral.
Porque reparar erros, permite se
perdoar de culpas, portanto, custa mesmo mais barato para alma.
Hoje eu estou fazendo um “recall”
e chamando todo mundo pra viver melhor! Primeiro consigo, depois com o outro e consequentemente
com o mundão aí fora.
4 comentários:
Hoje eu estou fazendo um recall de sentimentos. De passar por cima de meu orgulho, das minhas divergências pessoais para voltar a lidar com algo que me gera um sentimento maior.
E que o recall seja implementado para todos. Que orgulho, que sentimentos, que sensações, que prazeres, que dores, que dúvidas, que incertezas sejam reafirmadas em chamados de recall pessoais.
Afinal, se é para melhorar e evoluir... que mal teria?
Bernardo!
Que satisfação ter vc aqui no blog! comentando, participando tb com suas experiências... adoro!
Isso que mais quero que o recall seja implementado para todos!
Que ele nos sirva, e que nós possamos nos servir dessa ferramenta tão poderosa sempre que necessário..pq isso sem dúvida e evoluir!
Obrigada! por ler e comentar.
Beijo
É óbvio que você utilizou de um recurso para buscar explicar o processo de evolução, Marcelinha, mas vou ser crítico.
Recall remete para a revolução industrial. Produtos em série que necessitam de acertos e não promovem suas personalidades.
Tempos atrás ouvi uma coisa maravilhosa que remete ligeiramente ao ponto central da sua mensagem.
"Uma senhora com idade avançada caminhava pela rua e, ao longo de seu trajeto, reparava que eletrodomésticos, com o menor dos defeitos, eram descartadas pelos seus donos. Isso a incomodava.
Quando ela se deparou com uma jovem colocando fora uma televisão que parecia estar em perfeito funcionamento, ela indagou a razão de se jogar fora algo que ainda servia.
A jovem, educadamente, disse que a tv já não funcionava 100% e que estava colocando fora aquela pois já havia adquirido uma nova.
Ao sinal de reprovação da senhora, a jovem perguntou:
"A senhora não concorda comigo que eu deveria trocar?"
E a senhora, ao longo de sua experiência, passou uma mensagem importantíssima que eu carrego pra mim hoje em dia, Marcela.
"Minha filha. Eu entendo. É claro que eu entendo você querer trocar! Mas, ao perguntar minha opinião, você precisaria levar em consideração que sou de um tempo em que, quando as coisas davam problemas, nós não descartávamos e substituíamos as coisas. Nós tentávamos arrumar. Consertar. Acertar. Hoje em dia, minha filha, a sua geração simplesmente descarta e eu não concordo com isso".
Voltando ao contexto, Má, o que eu quero dizer é: recall até conserta produtos gerais.
A transformação deve ser completa. Inteira. De alma. De valores. De respeito. De pensamento. De julgamentos próprios e não de terceiros.
Abaixo a revolução industrial! Por pessoas mais humanas, mais coletivas, por confiança, pela palavra, pelo respeito, pela ordem e, principalmente, por educação.
Me alonguei... desculpe! rs
Bernardo..
uma outra visão... inclusive ótima!E seja crítico estamos aqui para tudo isso... e crescemos com tudo isso.
Gostei:"Abaixo a revolução industrial! Por pessoas mais humanas, mais coletivas, por confiança, pela palavra, pelo respeito, pela ordem e, principalmente, por educação".
Estou inteiramente com você!
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