quinta-feira, 26 de abril de 2012

Felicitonina


Está na moda associar o estado de espírito e físico á um tipo de hormônio. Se você está bravo culpa do hormônio, se está cansado quem provocou isso foi o hormônio “y", se engordou pode ser que seja hormônio “x”.
Sendo assim, eu desenvolvi um hormônio o “FELICITONINA”. O meu hormônio da felicidade momentânea, com efeito rápido, mas muito profundo. É meu porque eu criei, mas você também pode ter, usar e abusar. Está aí em alguma parte sua.
Felicitonina é obtido em doses cavalares, é produzido naturalmente. Não há fórmula sintética, ou genérico disponível. Qualquer semelhança com anti-depressivos é totalmente enganosa.
Felicitonina é produzido imediatamente quando você faz o que ama, vive livre dos preconceitos, descobre coisas que não imaginava existir, revive sonhos bons...a qualquer tempo.
Quando você escuta um elogio, quando você solta uma gargalhada sem nenhuma vergonha, quando você reencontra alguém que se perdeu no caminho, quando você escuta obrigada! Quando você reconhece um erro e pede desculpa de todo coração, quando isso e tantas outras coisas simples acontecem, o hormônio se espalha pelo seu corpo, toma conta de cada célula, do seu coração, da sua cabeça, te domina de uma maneira atroz.
Ações e reações são espontâneas.
É um efeito descontrolado.
Felicitonina não é nocivo, mas vicia que nem coca-cola.
Se isso acontecer você vai querer todo dia, e se não tiver a abstinência causa dor e apatia profunda.
Quando você faz seu trabalho bem feito, quando você conta consigo pra superar algo, quando seu filho passa de ano, quando você se apaixona, quando a doença cura, quando você dorme bem, quando você acorda bem, quando paga as contas, quando olha o mar, quando você faz amor...o hormônio te atropela.
Na infância o felicitonina  é produzido em altos picos. Na juventude queremos prolongar ao máximo a sensação com medo de acabar. Mas só na fase adulta que descobrimos que o hormônio não acaba, não se esgota, ele se renova.
Tem gente que bloqueia o hormônio, e como doença auto-imune se defende, se protege. Vive se lamentando, resmungando e tropeça na tristeza. Torna-se chato, infeliz e com o tempo sozinho.
Felicitonina pega no beijo, no abraço, espalha logo e contagia grupos grandes. Mas só quem não tem defesas.
Quando se é forte demais, poderoso demais, felicitonina não reage, ao contrário atrofia.
Há épocas que o hormônio é mais propício ... quando nascem bebês, quando se casa, quando se separa (ás vezes), no natal, no ano novo, quando está namorando, ou sozinho e feliz, quando alguém volta... É inevitável, é tão violento quanto o Tsumani.
São infinitas as formas de potencializar e minimizar o hormônio. Esteja atento!
Sem dúvida nesse caso potencializar é melhor.
Felicidade existe pra ser bastante! Deixa a felicitonina se tornar você por inteiro, por alguns minutos todos os dias.
Garanto é transformador. É quase como transformar água em vinho, multiplicar o pão... é um milagre! Simples, barato e não dói, e pode mudar a sua vida.

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Marcela Moretto

Marcela Moretto
Uma mulher, uma menina, uma criança...tentando aprender.