quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Memória muscular do meu coração



Estudos já comprovaram que o corpo tem uma memória muscular. Explico.
Se você já fez exercício algum dia, e por razões diversas parou, se resolver novamente voltar a fazer será mais fácil recuperar os músculos e a boa forma, porque o corpo tem essa magnífica memória muscular. É como se o nosso corpo fizesse um backup do nosso rendimento, dos nossos músculos e quando necessário ele resgata de novo através da memória muscular. Muito maluco isso! Mas realmente nosso corpo é muito inteligente. Se você o tratar bem, ele vai se comporta bem, caso contrário será um menino birrento relaxado. 
Depois que reconheci isso como verdade, apliquei isso também ao meu coração. Já que é um órgão e um músculo. Tenho certeza que o coração tem uma “memória emocional”.
No dicionário o significado de coração que me interessou foi: “1. Órgão oco, muscular.... 2. A parte mais interna, ou a mais central, ou a mais importante dum lugar, região. 3. A natureza ou a parte emocional do indivíduo.4. Amor, afeto...”
Pensando loucamente e tentando fazer paralelos entre músculo corporal e músculo emocional... muito interessante saber que o coração é um órgão oco, por isso que colocamos pessoas, coisas e momentos nele. Para ocupar! Para preencher! Para ficar menos vazio!
E imagino que quando eu coloco uma pessoa no coração, a culpa de não esquecer essa pessoa deve ser do amor. O amor é que faz o coração se exercitar, trabalhar á todo vapor! e logo ativar a memória emocional. Aí tudo volta. Só pode ser isso! 
Uma vez que você coloca alguém no seu coração, honestamente prepare-se pra essa pessoa nunca mais sair. Ou só sair com ordem de despejo, e com todo meu leigo conhecimento isso demora pra caramba. Tirar alguém de qualquer lugar é complicado, imagina do coração!
Por isso cuidado!  Prudência vai bem, porque é um caminho sem volta.
Será culpa da “memória emocional” essa estupidez de deixar no coração pessoas que se foram?? Será que existe um outro mecanismo físico, sem ser cortar os pulsos, de bloquear esse amor, essa infeliz memória de amar o outro???  
Eu sei que memória muscular se aplica a músculos corporais, mas até um ser como eu 99% emoção, precisa entender cientificamente falando o porque??? Do porque??? De algumas pessoas nunca mais sairem dos nossos corações, dos nossos poros, dos nossos pensamentos, dos nossos músculos, das nossas vidas.   
Um atleta fica anos parado, mas basta voltar a ativa, para seu corpo se adaptar rapidamente. Isso também acontece com o coração.
Você jura de pés juntos dizer não... não se envolver, não gostar, não querer nunca mais nada disso referente ao amor. Acha ridículo a sua amiga do trabalho ser doente apaixonada a ponto de chamar o namorado de “bombom”.    
E basta chegar o amor novo, ou o ex amor velho e exercitar o coração, fazer o coração fazer abdominais, flexões, levantar pesos, que simplesmente tudo volta como Tsunami atropelando toda razão, toda saudade, toda distância. 
E tá lá você de novo, bobinho, com os olhos brilhando, a boca salivando por beijo, o corpo suando pelo desejo. E tá lá você 24h tentando se comunicar telepaticamente com o seu amor, imaginando ele em todas as coisas mais banais e até colocando apelidos “fofos” nele.
Não sei de quem é a culpa, mas por ora coloco a culpa na minha memória emocional que não só é corporal, mas deve ser coronária também.
Eu desisto hoje de tentar achar respostas pra esse acontecimento, vou aceitar essa explicação como lógica e verídica e dormir em paz.
Porque a culpa...a culpa não é minha de gostar, amar, querer, que alguns nunca saiam do meu coração, a culpa é dessa maldita e cretina memória emocional que eu criei, que adora ser acordada cada vez que eu quero pensar que esqueci que amar faz bem, e é bom pra alma, pro coração e pros músculos.
E como diria a música: “Meu coração é um músculo involuntário e ele pulsa por você”- Marisa Monte.
Então se ele é um músculo involuntário a culpa não é minha.
A culpa é sua de continuar no meu coração e fazer ele pulsar involuntariamente.

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Marcela Moretto

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